Na lista deste ano pelo apetecível prémio de £ 50.000, Hilary Mantel, 2 vezes vencedora do Booker Prize, e a romancista Anne Tyler enfrentam oito romancistas estreantes nestas andanças.
A shortlist, de apenas seis livros, será anunciada a 15 de Setembro, com o vencedor final a ser revelado apenas em Novembro.
Relembro que o prémio do ano passado, apoiado pela primeira vez pela fundação de caridade Crankstart, foi controversamente compartilhado entre dois romances - The Testaments, de Margaret Atwood, e Girl, Woman, Other, de Bernardine Evaristo (Hamish Hamilton).
Hoje, Dia do Livro Português, deixo aqui como sugestão algo que me é muito querido, qual filho que um dia vi nascer, crescer, até se tornar num completo exemplar de que só me posso orgulhar. Estávamos em 2009, um ano de grande turbulência na minha vida que ainda assim deixou espaço à criação desta história, também ela fruto de um acontecimento marcante. Mais não digo, deixando aqui uma breve sinopse e o lugar da web onde podem encomendá-lo/comprá-lo, caso tenham curiosidade em lê-lo de uma ponta à outra, agora ainda por cima com mais tempo disponível.
"Perante a inesperada morte de uma colega de trabalho, um homem, até então vivendo uma vida banal, embarca numa busca incessante e obstinada pelas supostas causas desse súbito e prematuro desaparecimento.
A tarefa torna-se ainda mais complexa a partir do instante em que usa como guia desta sua fantástica viagem um espaço de escrita virtual (blog) criado pela sua colega, e até então seu desconhecido, no qual ela depositava as suas mais íntimas e reveladoras confissões, pensamentos, apelos."
Está entregue o prémio máximo da edição de 2019 dos Costa Awards. O ex-repórter de guerra Jack Fairweather ganhou o prémio "Costa Book of the Year" por "The Volunteer", uma biografia sobre Witold Pilecki, um ex-oficial da cavalaria do exército polaco e membro da resistência de Varsóvia que se infiltrou no campo de concentração de Auschwitz e incentivou a rebelião com o intuito de derrubar o campo de extermínio mais notório da segunda guerra mundial.
Aguardamos agora pela edição interna desta obra muito oportuna, pois surge num momento em que o discurso de ódio está em ascensão, o crime de ódio está em ascensão, o anti-semitismo está em ascensão e é imperativo que existam vozes que sejam ouvidas de modo a revelarem ao mundo os horrores ocorridos nesta época negra da história da humanidade, nomeadamente em campos de concentração como o de Auschwitz, que nesta mesma semana celebra o 75º aniversário da sua libertação.
Romance, poesia, biografia, teatro, de tudo há um pouco neste início de novo ano, capaz de nos continuar a proporcionar excelentes momentos de leitura.
Pois que se 20 é o ano, então que 20 seja igualmente a nota, aqui máxima, que possamos atribuir aos próximos 366 dias, que este ano é bissexto, no que a livros e leituras digam respeito.
Assim sendo, seguem algumas sugestões, sabendo de antemão que muitas outras são igualmente válidas, desde que nos ajudem a crescer, nos instruam, nos informem, eduquem, formem, nos tornem pessoas mais cultas e informadas sobre o que seja que possa contribuir para um novo ano e uma continuação de vida feliz , preenchida e, acima de tudo, saudável.
Um excelente 2020 a todos, recheado de não menos excelentes leituras.
E por que o atravessamos, nada como entendê-lo pela escrita de Ali Smith. Leitura obrigatória e de todo oportuna, numa época pós-Brexit em que a autora se questiona sobre o nosso tempo a partir da amizade de duas pessoas com 70 anos de diferença. Um romance que comove pela simplicidade e exercício poético acerca de como ler um mundo onde somos muito frágeis.
Fica ainda a referência à presença deste romance entre os 100 mais importantes do século XXI, na óptica do The Guardian (ver post anterior).
O The Guardian fez saber quais são, na sua opinião, os 100 melhores livros do século XXI. De romances de estreia deslumbrantes, a polémicas abrasadoras, passando por história da humanidade e memórias pioneiras, de tudo um pouco aqui está reunido nesta selecção dos melhores dos melhores. A reter, para nos proporcionar mais uns bons momentos de leitura.
tira 7, deixa 6, que são só os candidatos finais ao prémio dos prémios.
Margaret Atwood, Lucy Ellmann, Bernardine Evaristo, Chigozie Obioma, Salman Rushdie e Elif Shafak. É este o lote de nomes que se habilitam seriamente a ganhar um dos mais cobiçados prémios literários do ano.
Dia 14 de Outubro cá estarei para dar conta do ou da galardoado(a) que irá receber as £50,000 e, naturalmente, o reconhecimento mundial nos dias que se seguirão.
A lista longa, em número de 13 finalistas, acaba de ser anunciada. Muitos nomes já consagrados integram a lista deste ano e também por isso se prevê uma discussão bem mais renhida.
A 3 de Setembro esta lista encolhe e passa a 6 e talvez aí já se consiga imaginar um final para a versão deste ano deste que é um dos mais consagrados prémios literários da actualidade.
Foi revelada nesta terça-feira, 9 de Abril, a lista dos seis livros finalistas ao prémio Man Booker International Prize de 2019. Um galardão que celebra os melhores trabalhos de ficção traduzida de todo o mundo. O prémio de £ 50.000 para o livro vencedor será dividido igualmente entre o seu autor e o respectivo tradutor. Só para relembrar que o vencedor do prémio deste ano será anunciado a 21 de Maio, em Londres. Até lá, concentremos atenções nestes 6 tentando adivinhar qual deles irá receber a melhor das recompensas.