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TUDO É ILUSÃO, DESDE O QUE PENSAMOS QUE PODEMOS AO QUE JULGAMOS QUE TEMOS.

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tudo o resto que é tudo

por migalhas, em 05.01.12

É nas palavras que me refugio

Nesse amontoado de tanta coisa

Composição de passo terno, legado eterno

 

Avassalador Adamastor, monstro esguio, fugidio

Lago de lava, caldo em brasa

Espigão afiado que se perfaz nosso fado

 

Diz-se destino, ri-se na nossa cara, gela-nos as veias

Soma-nos máscaras às que já pesam e nos vergam

 

(...)

 

para a leitura integral deste meu poema "tudo o resto que é tudo", integrado na rubrica Rima-me da edição nº 4 da REVISTA-ME, visitem a morada http://issuu.com/edita-me/docs/revistame04 e procurem pela página 49 da mesma. encontram lá o meio e o fim, do que aqui teve início. espero que gostem.

pedaços de mim

por migalhas, em 03.01.12

"Findo o banho matinal, tudo parecia envolto na normalidade de que sempre se reveste este momento diário. Puxei da toalha que repousava no respectivo toalheiro e coloquei-a sobre os ombros, secando-me de seguida. Foi então que, ao preparar-me para abandonar o espaço da banheira, assisti estupefacto à insólita separação do meu braço esquerdo do corpo a que sempre pertencera. Pelo menos desde que tenho noção do meu corpo como um todo, constituído por uma cabeça, tronco e alguns membros, dos quais o tal braço que agora se tornara autónomo. Não totalmente, pois não apresentava vida própria. Apenas se separara do corpo e ali repousava a meus pés como uma mera peça isolada. Sem reacção possível, fiquei a olhá-lo fixamente e a pensar que raio havia proporcionado semelhante coisa. Seria do champô? Mas para isso teria caído a cabeça e não um dos braços. Seria do gel de banho? Olhei para o rótulo e pude comprovar a quantidade exagerada de químicos que são adicionados ao que supostamente deveria ser apenas um líquido de limpeza com um certo e determinado aroma. Até poderia ser do gel de banho, mas já o usara tantas vezes..."

 

(...)

 

para a leitura integral deste meu conto "pedaços de mim", integrado na rubrica Inventa-me da edição nº 4 da REVISTA-ME, visitem a morada http://issuu.com/edita-me/docs/revistame04 e procurem pela página 146 da mesma. encontram lá o meio e o fim, do que aqui teve início. espero que gostem.

Por aqui, por ali

por migalhas, em 19.12.11

Por aqui

Sem certezas, garantia de coisa alguma

Terreno lamacento

Um pântano de cidades, altos edifícios, o maior de todos sou eu

Ou quero ser

 

Por ali

Da mesma forma conteúdo dúbio

Será refúgio?

A caverna escura, escavada na rocha fria

Abrigo de morcegos, seres da noite que se põe em pleno dia

Invade o espaço, viola a fronteira alheia, abominável

Fedor pestilento, o que faz é nojento

 

(...)

 

para a leitura integral deste meu poema "por aqui, por ali", integrado na rubrica Rima-me da edição nº 4 da REVISTA-ME, visitem a morada http://issuu.com/edita-me/docs/revistame04 e procurem pela página 47 da mesma. encontram lá o meio e o fim, do que aqui teve início. espero que gostem.

a queda de um anjo

por migalhas, em 15.12.11

"Era domingo de Páscoa e Bernardo andava excitadíssimo à procura daquele sumo de que lhe haviam falado na escola. Do sumo que se bebia nesta época de paz e amor entre todos os cristãos devotos. Nem na despensa, nem no frigorífico, nada. Mariana, por seu turno, procurava no roupeiro do seu quarto a cruz que a mãe lhe havia pedido para colocar à mesa durante a refeição que os aguardava na sala grande, apenas usada nesta altura do ano para receber o senhor padre naquele que era o tradicional almoço de Páscoa da família Alcobia. Com a comida a arrefecer no tacho e o senhor padre desesperado face ao correr do tempo, que insistentemente confirmava no seu relógio de pulso com a ajuda daqueles óculos de lentes grossas e de dedadas preenchidas, Isabel resolveu procurar os seus dois filhos."

 

(...)

 

para a leitura integral deste meu conto "a queda de um anjo", integrado na rubrica Conta-me da edição nº 4 da REVISTA-ME, visitem a morada http://issuu.com/edita-me/docs/revistame04 e procurem pela página 52 da mesma. encontram lá o meio e o fim, do que aqui teve início. espero que gostem.

esplanada, 33 graus

por migalhas, em 07.12.11

"Esplanada neste dia de 33 graus. Jolas e tremoços em barda. Uma sombrinha e uma vista deslumbrante sobre o rio. A manhã vai correr célere e o tempo abrandará lá pela hora de almoço. Assim mesmo, lento. Hora e meia que mais irá parecer uma eternidade. E as jolas a escorrer rumo a um estômago quente, que as acolhe de tripas abertas! Um arroto após outro, entre duas idas ao WC, e eis que voltam à mesa, frescas como viçosas alfaces acabadas de colher pela madrugada. Louras, pretas, ruivas, venham elas sedutoras que as nossas gargantas sequiosas dão-lhe seguimento. E quando olharmos em redor e tudo virmos a triplicar, sabemos que é hora de pedir uma última, aquela que nos vai deixar definitivamente a dormir!"

 

(...)

 

para a leitura integral deste meu conto curto "esplanada, 33 graus", por isso mesmo integrado na rubrica Curta-me da edição nº 4 da REVISTA-ME, visitem a morada http://issuu.com/edita-me/docs/revistame04 e procurem pela página 31 da mesma. encontram lá o meio e o fim, do que aqui teve início. espero que gostem.

revista-me, nº 4

por migalhas, em 01.12.11

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

REVISTA-ME é um projecto de publicação digital em formato pdf e "read online" da autoria da editora Edita-me, que se pretende livre, despretensioso e criado com o objectivo de fazer chegar de forma mais expedita “o trabalho” dos autores e colaboradores da editora a outros públicos, despertando neles o interesse e a curiosidade para as suas obras. neste número 4 dou continuidade à minha colaboração no projecto, desta feita presente em 4 diferentes rubricas. leiam pois esta quarta edição aqui http://issuu.com/edita-me/docs/revistame04 e descubram-me nas páginas 31, 47, 52 e 146, nas mais diversas vertentes da escrita. espero que gostem. por mim, e como sempre, foi um prazer.

era outubro

por migalhas, em 16.09.11

"Era Outubro, para lá de meio, e o sol queimava como nem em Agosto último. O planeta a dar provas de que passava, também ele, por mudanças? Que na vida de Marta, mais do que reais, eram também elas, as mudanças, a razão da sua renúncia a tudo o que fora até então, a tudo o que fizera até então, para rumar a uma nova vida, a uma nova etapa da sua existência. Metera-se no seu velho carro, um Opel Comodore a necessitar de urgentes atenções, e fizera-se à estrada, sem rumo ou plano definido, apenas com o objectivo de tudo esquecer, esperançada de que esse mesmo tudo a esquecesse a ela também. As janelas abertas deixavam entrar um vento quente, sufocante, como nem em Agosto último. O cabelo toldava-lhe a visão a espaços, mas nem mesmo isso refreava nela o ímpeto com que parecia querer acelerar a fuga ao passado, tal a pressão que o seu pé direito incutia ao pedal do velho Comodore. As roupas que trazia no corpo, escassas, tal o calor, as suas poupanças de alguns meses, igualmente escassas, uma sacola com uns pertences típicos de mulher e pouco mais, era quanto tinha reunido na pressa de se fazer ao asfalto, o mesmo que lhe fazia companhia naquela sua partida, aos olhos de muitos, precipitada. Não sabia ao que ia, mas ia, determinada e sem qualquer vontade de olhar para trás. (...)"

 

para a leitura integral deste meu conto "Era Outubro", visitem a edição nº 3 da REVISTA-ME na morada http://issuu.com/Edita-Me/docs/revista-me_n03_-_issuu/1 e procurem pela página 125 da mesma. encontram lá o meio e o fim, do que aqui teve início. espero que gostem.

revista-me, nº 3

por migalhas, em 09.09.11

 

 

 

 

 

 

 

 

 

REVISTA-ME é um projecto de publicação digital em formato pdf e "read online" da autoria da editora Edita-me, que se pretende livre, despretensioso e criado com o objectivo de fazer chegar de forma mais expedita “o trabalho” dos autores e colaboradores da editora a outros públicos, despertando neles o interesse e a curiosidade para as suas obras. este 3 é para mim um número especial, pois dá início à minha colaboração no projecto, a qual, espero, seja duradoura e proveitosa. leiam pois aqui http://issuu.com/Edita-Me/docs/revista-me_n03_-_issuu/1 esta sua terceira edição e, a páginas tantas (a 125, mais concretamente), deparem-se com o meu conto "Era Outubro". espero que gostem. por mim, e como sempre, foi um prazer.