Diz-se destino, ri-se na nossa cara, gela-nos as veias
Soma-nos máscaras às que já pesam e nos vergam
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para a leitura integral deste meu poema "tudo o resto que é tudo", integrado na rubrica Rima-me da edição nº 4 da REVISTA-ME, visitem a morada http://issuu.com/edita-me/docs/revistame04 e procurem pela página 49 da mesma. encontram lá o meio e o fim, do que aqui teve início. espero que gostem.
"Findo o banho matinal, tudo parecia envolto na normalidade de que sempre se reveste este momento diário. Puxei da toalha que repousava no respectivo toalheiro e coloquei-a sobre os ombros, secando-me de seguida. Foi então que, ao preparar-me para abandonar o espaço da banheira, assisti estupefacto à insólita separação do meu braço esquerdo do corpo a que sempre pertencera. Pelo menos desde que tenho noção do meu corpo como um todo, constituído por uma cabeça, tronco e alguns membros, dos quais o tal braço que agora se tornara autónomo. Não totalmente, pois não apresentava vida própria. Apenas se separara do corpo e ali repousava a meus pés como uma mera peça isolada. Sem reacção possível, fiquei a olhá-lo fixamente e a pensar que raio havia proporcionado semelhante coisa. Seria do champô? Mas para isso teria caído a cabeça e não um dos braços. Seria do gel de banho? Olhei para o rótulo e pude comprovar a quantidade exagerada de químicos que são adicionados ao que supostamente deveria ser apenas um líquido de limpeza com um certo e determinado aroma. Até poderia ser do gel de banho, mas já o usara tantas vezes..."
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para a leitura integral deste meu conto "pedaços de mim", integrado na rubrica Inventa-me da edição nº 4 da REVISTA-ME, visitem a morada http://issuu.com/edita-me/docs/revistame04 e procurem pela página 146 da mesma. encontram lá o meio e o fim, do que aqui teve início. espero que gostem.
Um pântano de cidades, altos edifícios, o maior de todos sou eu
Ou quero ser
Por ali
Da mesma forma conteúdo dúbio
Será refúgio?
A caverna escura, escavada na rocha fria
Abrigo de morcegos, seres da noite que se põe em pleno dia
Invade o espaço, viola a fronteira alheia, abominável
Fedor pestilento, o que faz é nojento
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para a leitura integral deste meu poema "por aqui, por ali", integrado na rubrica Rima-me da edição nº 4 da REVISTA-ME, visitem a morada http://issuu.com/edita-me/docs/revistame04 e procurem pela página 47 da mesma. encontram lá o meio e o fim, do que aqui teve início. espero que gostem.
"Era domingo de Páscoa e Bernardo andava excitadíssimo à procura daquele sumo de que lhe haviam falado na escola. Do sumo que se bebia nesta época de paz e amor entre todos os cristãos devotos. Nem na despensa, nem no frigorífico, nada. Mariana, por seu turno, procurava no roupeiro do seu quarto a cruz que a mãe lhe havia pedido para colocar à mesa durante a refeição que os aguardava na sala grande, apenas usada nesta altura do ano para receber o senhor padre naquele que era o tradicional almoço de Páscoa da família Alcobia. Com a comida a arrefecer no tacho e o senhor padre desesperado face ao correr do tempo, que insistentemente confirmava no seu relógio de pulso com a ajuda daqueles óculos de lentes grossas e de dedadas preenchidas, Isabel resolveu procurar os seus dois filhos."
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para a leitura integral deste meu conto "a queda de um anjo", integrado na rubrica Conta-me da edição nº 4 da REVISTA-ME, visitem a morada http://issuu.com/edita-me/docs/revistame04 e procurem pela página 52 da mesma. encontram lá o meio e o fim, do que aqui teve início. espero que gostem.
"Esplanada neste dia de 33 graus. Jolas e tremoços em barda. Uma sombrinha e uma vista deslumbrante sobre o rio. A manhã vai correr célere e o tempo abrandará lá pela hora de almoço. Assim mesmo, lento. Hora e meia que mais irá parecer uma eternidade. E as jolas a escorrer rumo a um estômago quente, que as acolhe de tripas abertas! Um arroto após outro, entre duas idas ao WC, e eis que voltam à mesa, frescas como viçosas alfaces acabadas de colher pela madrugada. Louras, pretas, ruivas, venham elas sedutoras que as nossas gargantas sequiosas dão-lhe seguimento. E quando olharmos em redor e tudo virmos a triplicar, sabemos que é hora de pedir uma última, aquela que nos vai deixar definitivamente a dormir!"
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para a leitura integral deste meu conto curto "esplanada, 33 graus", por isso mesmo integrado na rubrica Curta-me da edição nº 4 da REVISTA-ME, visitem a morada http://issuu.com/edita-me/docs/revistame04 e procurem pela página 31 da mesma. encontram lá o meio e o fim, do que aqui teve início. espero que gostem.
REVISTA-ME é um projecto de publicação digital em formato pdf e "read online" da autoria da editora Edita-me, que se pretende livre, despretensioso e criado com o objectivo de fazer chegar de forma mais expedita “o trabalho” dos autores e colaboradores da editora a outros públicos, despertando neles o interesse e a curiosidade para as suas obras. neste número 4 dou continuidade à minha colaboração no projecto, desta feita presente em 4 diferentes rubricas. leiam pois esta quarta edição aqui http://issuu.com/edita-me/docs/revistame04 e descubram-me nas páginas 31, 47, 52 e 146, nas mais diversas vertentes da escrita. espero que gostem. por mim, e como sempre, foi um prazer.
"Era Outubro, para lá de meio, e o sol queimava como nem em Agosto último. O planeta a dar provas de que passava, também ele, por mudanças? Que na vida de Marta, mais do que reais, eram também elas, as mudanças, a razão da sua renúncia a tudo o que fora até então, a tudo o que fizera até então, para rumar a uma nova vida, a uma nova etapa da sua existência. Metera-se no seu velho carro, um Opel Comodore a necessitar de urgentes atenções, e fizera-se à estrada, sem rumo ou plano definido, apenas com o objectivo de tudo esquecer, esperançada de que esse mesmo tudo a esquecesse a ela também. As janelas abertas deixavam entrar um vento quente, sufocante, como nem em Agosto último. O cabelo toldava-lhe a visão a espaços, mas nem mesmo isso refreava nela o ímpeto com que parecia querer acelerar a fuga ao passado, tal a pressão que o seu pé direito incutia ao pedal do velho Comodore. As roupas que trazia no corpo, escassas, tal o calor, as suas poupanças de alguns meses, igualmente escassas, uma sacola com uns pertences típicos de mulher e pouco mais, era quanto tinha reunido na pressa de se fazer ao asfalto, o mesmo que lhe fazia companhia naquela sua partida, aos olhos de muitos, precipitada. Não sabia ao que ia, mas ia, determinada e sem qualquer vontade de olhar para trás. (...)"
para a leitura integral deste meu conto "Era Outubro", visitem a edição nº 3 da REVISTA-ME na morada http://issuu.com/Edita-Me/docs/revista-me_n03_-_issuu/1 e procurem pela página 125 da mesma. encontram lá o meio e o fim, do que aqui teve início. espero que gostem.
REVISTA-ME é um projecto de publicação digital em formato pdf e "read online" da autoria da editora Edita-me, que se pretende livre, despretensioso e criado com o objectivo de fazer chegar de forma mais expedita “o trabalho” dos autores e colaboradores da editora a outros públicos, despertando neles o interesse e a curiosidade para as suas obras. este 3 é para mim um número especial, pois dá início à minha colaboração no projecto, a qual, espero, seja duradoura e proveitosa. leiam pois aqui http://issuu.com/Edita-Me/docs/revista-me_n03_-_issuu/1 esta sua terceira edição e, a páginas tantas (a 125, mais concretamente), deparem-se com o meu conto "Era Outubro". espero que gostem. por mim, e como sempre, foi um prazer.