Nenhum outro romancista moderno era tão apegado ao sublime apocalíptico quanto Cormac McCarthy, que morreu aos 89 anos em sua casa no Novo México. Ao longo de uma carreira na ficção, que gerou 12 romances, duas peças de teatro e uma série de excelentes adaptações para o cinema, a musa de McCarthy sempre foi o abismo. Ele escreveu sobre a escuridão, a violência, o horror e o caos que percebeu no centro de toda a criação – não com o terror histérico de HP Lovecraft, mas com um lirismo extático mais parecido com o de poetas místicos muçulmanos louvando arrebatadamente seus santos amados.
ou visitem a vossa livraria habitual, onde, aí sim, o cheiro dos livros, o tactear do papel, o folhear da cada obra, o olhar guloso sobre as capas incríveis, tudo se torna bem mais real, palpável, apetecível. Vamos a isso? E boas leituras.
Diz neste artigo do Observador quais os títulos que chegarão até ao final do ano às livrarias nacionais. Ou pelo menos os que vale a pena fixar. Pelo sim pelo não, nada como uma visita regular a esses templos onde poderemos confirmar in loco o que realmente nos interessa, independentemente das sugestões dos media, que valem o que valem. Ainda assim, fica a referência, que sempre é uma ajuda. Interessa, isso sim, é ter sempre por companhia um bom livro. E o resto é conversa. Boas leituras.
13 Anos. Podia ser uma vida, e em parte até é, mas é o tempo que contabiliza o meu blog, o 100NEXUS. Um blog que me tem dado imenso prazer construir e o qual trato com todo o carinho que a escrita me merece, pois é disso mesmo que se trata: ESCRITA. Se por um lado tem sido o meu ganha pão enquanto área profissional, por outro essa mesma escrita tem representado todo um outro universo, bem mais amplo e gratificante em termos de realização pessoal, algo que o profissional nem sempre permite. Mês após mês, desde essa data que ditou a primeira publicação (e que então versava um insólito tema, bolachas com sabor a... armário!), tenho tentado manter actualizado este meu espaço de partilha com tudo aquilo que considero pertinente, essencialmente ao nível da cultura. Mais a literatura, a prosa, a poesia, o mercado editorial, prémios literários, enfim, o que me motive a tecer umas palavras sobre. Quem me acompanha com regularidade sabe que assim é e o mais que posso prometer é que continuarei para diante neste registo que soma já 13 anos de actividade, dedicação, devoção e, essencialmente, muito prazer. Se depender apenas de mim, próximo ano neste mesmo dia cá estarei para me congratular com mais um. Até lá.
O próximo número da edição portuguesa da revista literária Granta, o 6, será dedicada à noite e, para além da qualidade inquestionável dos textos inéditos pedidos pela revista aos autores portugueses, a par dos que foram publicados por escritores estrangeiros na Granta de língua inglesa, aporta ainda a mais-valia gráfica da ilustração, a cargo de Jorge Colombo, autor de várias capas da revista The New Yorker.
Aqui fica uma referência que considero de excepção ao tema em causa, e que, espero, tenha sido alvo da atenção dos editores deste número.