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Antes a nação, hoje é o autor que nela habita e labuta que é valente e imortal.
Com o seu empenho e constante garra, alimenta uma identidade que se foi perdendo, esmorecendo e ditando um rumo que ele contraria, pois não se concebe morrer na praia.
Cria, grita, eleva-se, mas não se ilude: sobrevive.
Portugal, antes grande e exportador, é hoje invadido por quem vem de fora, pouco se importando com o muito que importa.
Mas a guerrilha fazemo-la nós, uma vez que a guerra é contra a nossa voz.
Há uma identidade, existe uma vontade, de voltar a erguer a bandeira e com ela cerrar fileiras, a viva voz gritando:
Somos nós, temos nós e só nós o podemos. Juntos, como autores desta mudança. Que uma nação, antes valente e imortal, não se queda às mãos da incompetência, da vergonha, da falsidade.
Que uma nação, antes valente e imortal, vive e alimenta-se daqueles que pela arte lutam, pela cultura se esforçam, pela criatividade vivem.
Longa e próspera vida ao autor português!
© Copyright Migalhas (2014)
© Copyright Migalhas (2014)
Duas mãos não chegam
Não chegam para ti
Não chegam para te chegar
Não chegam para o que quero alcançar
Duas mãos o que são?
Senão um enorme espaço confinado
Quilómetros de estradas num beco
Todos os oceanos num copo
Centos de páginas num parágrafo
Tão nada, tão pouco
Duas mãos
Não dá assim, é escasso
Por mais que estique este braço
Só ganha espaço esta distância
E a vê-la cresço em ânsia
Impotente, de mãos atado
e então em duas mãos
Duas mãos não chegam
Nada chega
Tudo também não
No fim é como tudo
Como tudo tende a ser
© Copyright Migalhas (100NEXUS_2020)
Por acaso, vinha aqui a passar, entrei.
Vi ali um canto obscuro e nele me deitei.
Descansei mal, a noite passada.
Entre trapos e cartões, e por isso não foi fácil adormecer.
Nem sonhei, tanto o que tinha para dormir.
Mas acordei, isso sim.
Nem refeito nem satisfeito.
Apenas obedeci ao descerrar das pálpebras, ao erguer do corpo, ao mecanismo tantas vezes repetido de sair em passo apressado, pois espaço privado havia, uma vez mais, ocupado.
Saí, olhei em redor e, como apareci, fiz-me de novo ausente.
Por acaso.
Eu, entre tanta gente.
© Copyright Migalhas (100NEXUS_2023)
Nela ouso pensar
de sorriso no rosto de quem sabe que quer
ou se permite poder.
Com ela me quero deitar
nela me quero depositar
por entre juras e promessas
de dias ao sol, noites ao luar.
Parida de um cravo foi, espinho de rosa é.
Fez a cama, onde me deitei
deu-me a mão, que aceitei
enfeitiçou-me, e eu deixei.
Iludido, apaixonado
fez-me sonhar acordado,
quando o tempo todo assim vivi
apenas e só, enganado.
Não lhe vi a outra face
o âmago que é o seu
erro meu, meu enterro
que nela quis acreditar
Liberdade, Liberdade
que nada tens para me dar
© Copyright Migalhas (100NEXUS_2023)
São 36 os trabalhos WOM COOLlage em exposição @ Carrasco Art Gallery e disponíveis para venda em www.carrasco.art/collage
De segunda a Sábado, das 14h às 19h, atentem nos pormenores em que esta técnica de colagem de materias vários é fértil e desfrutem.
Para saberem um pouco mais sobre mim e o meu percurso, deem aqui uma olhadela https://www.carrasco.art/miguel-santos-teixeira
Aguardo a vossa visita!
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