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100Nexus

TUDO É ILUSÃO, DESDE O QUE PENSAMOS QUE PODEMOS AO QUE JULGAMOS QUE TEMOS.

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eu perdido e a criança

por migalhas, em 01.06.23

É a civilização quem ordena erguer cidades, exige derrubar árvores.

É ela quem estende viscosos tentáculos até onde o vento se sente escassear.

Espreito esta nesga de tempo enquanto posso

e nela refugio o olhar cansado que ainda consigo.

Aqui estou perdido.

Eu e a mente por onde ecoam as vozes, tantas quantas as perdidas, como eu

distante que nem os passos todos que pudesse ainda dar

este tempo fez-se tempo passado

filho bastardo de um rumo há muito também perdido

que da vida já nem sinal.

“Mas não faz mal, pois não?”

Na inocência de quem é criança e nunca deveria deixar de o ser.

 

© Copyright Migalhas (100NEXUS_2011)

 

Citando-me_parte6

por migalhas, em 30.05.23

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Antes fosse mentira

por migalhas, em 01.04.20

Antes fosse mentira.

Antes fosse um pesadelo vivido tão vividamente que me assustasse de morte ao dele despertar.

Antes fosse uma ficção que lida ou vista se sacudisse da mente e nos permitisse regressar sãos e salvos à normal realidade de há poucos dias atrás.

Antes fosse uma invenção, daquelas fake news que a toda a hora nos assaltam e causam perturbação.

Antes fosse uma brincadeira de mau gosto, um boato lançado apenas com o intuito de acelerar as batidas do coração.

Antes fosse tudo isso e não uma verdade que a cada dia ganha volume, dimensão, arrastando tudo o que se lhe atravessa ao caminho.

ELE tirano que quer, pode e manda abaixo humano atrás de humano, como pequenas peças de um xadrez perdido antes mesmo de ir a jogo.

ELE diminuto, nem visível a olho nu, ser que não dá a cara mas que toquemos nós na nossa e ei-lo feliz pelos danos colossais que daí adiante nos inflige.

ELE gigante nos danos que provoca, nas mortes, na infelicidade, nas vidas de todos e de cada um, indefesos seres perante a sua fúria devastadora, seja aqui seja do outro lado do mundo.

E o mundo? Irá ele sobreviver? Iremos ao menos aprender? Tirar consequências, ler nas entrelinhas a mensagem que desta vez berrou mais alto e nos deixou a todos em sentido. Iremos? 

Quantas mais vezes terá de acontecer? Até tudo morrer? Perecer por fim e dar lugar à natureza? Ela que tantas vezes nos lembra que tudo tem um limite, um fim, a cada vez mais iminente.

Que ela não mente. Mas sente. Sente que sem nós tudo é diferente.

Antes fosse mentira.

Antes fosse.

Dia do Livro Português

por migalhas, em 26.03.18

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Comemora-se hoje o Dia do Livro Português, data criada pela Sociedade Portuguesa de Autores com o intuito de destacar a importância do livro, do saber e da língua portuguesa em todo o mundo.

E se tal acontece anualmente nesta data, é por que foi neste preciso dia, em 1487, que se imprimiu o primeiro livro em Portugal: o “Pentateuco”. Tal aconteceu em Faro, nas oficinas do judeu Samuel Gacon, na Vila-a-Dentro, e tratava-se de um livro escrito em hebraico.

Já o primeiro livro escrito em português foi impresso no Porto, dez anos depois, em 4 de janeiro de 1497. Produzido pelo primeiro impressor luso, Rodrigo Álvares, o livro tinha o título de “Constituições que fez o Senhor Dom Diogo de Sousa, Bispo do Porto”.

Fonte: www.calendarr.com

Em jeito de homenagem ao livro português, aqui fica uma eleição levada a cabo pela revista Estante onde se pretendeu escolher os 12 melhores livros portugueses dos últimos 100 anos. Leiam e boas leituras.

http://www.revistaestante.fnac.pt/os-12-melhores-livros-portugueses-dos-ultimos-100-anos/

 

The Caribbean voices matter

por migalhas, em 14.10.15

Marlon James-A Brief History of Seven Killings.jpg

 

"A Brief History of Seven Killings" foi o grande vencedor da edição de 2015 do conceituado prémio literário The Man Booker Prize for Fiction.

O seu autor, Marlon James de 44 anos, actualmente a residir em Minneapolis, é o primeiro autor Jamaicano a ganhar este prémio que conta já com 47 edições de muitas e boas histórias.

 

Leiam mais sobre este momento histórico para as vozes e letras das Caraíbas, lendo o artigo em:

http://themanbookerprize.com/news/brief-history-seven-killings-wins-2015-man-booker-prize