Antes fosse um pesadelo vivido tão vividamente que me assustasse de morte ao dele despertar.
Antes fosse uma ficção que lida ou vista se sacudisse da mente e nos permitisse regressar sãos e salvos à normal realidade de há poucos dias atrás.
Antes fosse uma invenção, daquelas fake news que a toda a hora nos assaltam e causam perturbação.
Antes fosse uma brincadeira de mau gosto, um boato lançado apenas com o intuito de acelerar as batidas do coração.
Antes fosse tudo isso e não uma verdade que a cada dia ganha volume, dimensão, arrastando tudo o que se lhe atravessa ao caminho.
ELE tirano que quer, pode e manda abaixo humano atrás de humano, como pequenas peças de um xadrez perdido antes mesmo de ir a jogo.
ELE diminuto, nem visível a olho nu, ser que não dá a cara mas que toquemos nós na nossa e ei-lo feliz pelos danos colossais que daí adiante nos inflige.
ELE gigante nos danos que provoca, nas mortes, na infelicidade, nas vidas de todos e de cada um, indefesos seres perante a sua fúria devastadora, seja aqui seja do outro lado do mundo.
E o mundo? Irá ele sobreviver? Iremos ao menos aprender? Tirar consequências, ler nas entrelinhas a mensagem que desta vez berrou mais alto e nos deixou a todos em sentido. Iremos?
Quantas mais vezes terá de acontecer? Até tudo morrer? Perecer por fim e dar lugar à natureza? Ela que tantas vezes nos lembra que tudo tem um limite, um fim, a cada vez mais iminente.
Que ela não mente. Mas sente. Sente que sem nós tudo é diferente.
Comemora-se hoje o Dia do Livro Português, data criada pela Sociedade Portuguesa de Autores com o intuito de destacar a importância do livro, do saber e da língua portuguesa em todo o mundo.
E se tal acontece anualmente nesta data, é por que foi neste preciso dia, em 1487, que se imprimiu o primeiro livro em Portugal: o “Pentateuco”. Tal aconteceu em Faro, nas oficinas do judeu Samuel Gacon, na Vila-a-Dentro, e tratava-se de um livro escrito em hebraico.
Já o primeiro livro escrito em português foi impresso no Porto, dez anos depois, em 4 de janeiro de 1497. Produzido pelo primeiro impressor luso, Rodrigo Álvares, o livro tinha o título de “Constituições que fez o Senhor Dom Diogo de Sousa, Bispo do Porto”.
Fonte: www.calendarr.com
Em jeito de homenagem ao livro português, aqui fica uma eleição levada a cabo pela revista Estante onde se pretendeu escolher os 12 melhores livros portugueses dos últimos 100 anos. Leiam e boas leituras.
"A Brief History of Seven Killings" foi o grande vencedor da edição de 2015 do conceituado prémio literário The Man Booker Prize for Fiction.
O seu autor, Marlon James de 44 anos, actualmente a residir em Minneapolis, é o primeiro autor Jamaicano a ganhar este prémio que conta já com 47 edições de muitas e boas histórias.
Leiam mais sobre este momento histórico para as vozes e letras das Caraíbas, lendo o artigo em: