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TUDO É ILUSÃO, DESDE O QUE PENSAMOS QUE PODEMOS AO QUE JULGAMOS QUE TEMOS.

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Booker Prize 2023 - shortlist

por migalhas, em 28.09.23

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Está anunciada a shortlist da edição deste ano do Booker Prize.

A cerimónia final está agendada para o dia 26 de Novembro, na qual ficaremos a saber quem será o autor, e o respectivo livro, vencedor, que consigo levará a módica quantia de 50 000 libras, qualquer coisa como 57 783,63€.

Tudo sobre este incontornável prémio literário, aqui: https://thebookerprizes.com/the-booker-library/prize-years/2023

Boas leituras

Cormac McCarthy. O brilho sombrio de um poeta lírico do horror e do caos.

por migalhas, em 14.06.23

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Nenhum outro romancista moderno era tão apegado ao sublime apocalíptico quanto Cormac McCarthy, que morreu aos 89 anos em sua casa no Novo México. Ao longo de uma carreira na ficção, que gerou 12 romances, duas peças de teatro e uma série de excelentes adaptações para o cinema, a musa de McCarthy sempre foi o abismo. Ele escreveu sobre a escuridão, a violência, o horror e o caos que percebeu no centro de toda a criação – não com o terror histérico de HP Lovecraft, mas com um lirismo extático mais parecido com o de poetas místicos muçulmanos louvando arrebatadamente seus santos amados.

- in theguardian.com

 

Autor valente e imortal

por migalhas, em 22.05.23

Antes a nação, hoje é o autor que nela habita e labuta que é valente e imortal.

Com o seu empenho e constante garra, alimenta uma identidade que se foi perdendo, esmorecendo e ditando um rumo que ele contraria, pois não se concebe morrer na praia.

Cria, grita, eleva-se, mas não se ilude: sobrevive.

Portugal, antes grande e exportador, é hoje invadido por quem vem de fora, pouco se importando com o muito que importa.

Mas a guerrilha fazemo-la nós, uma vez que a guerra é contra a nossa voz.

Há uma identidade, existe uma vontade, de voltar a erguer a bandeira e com ela cerrar fileiras, a viva voz gritando:

Somos nós, temos nós e só nós o podemos. Juntos, como autores desta mudança. Que uma nação, antes valente e imortal, não se queda às mãos da incompetência, da vergonha, da falsidade.

Que uma nação, antes valente e imortal, vive e alimenta-se daqueles que pela arte lutam, pela cultura se esforçam, pela criatividade vivem.

Longa e próspera vida ao autor português!

Citando-me_parte2

por migalhas, em 26.04.23

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Citando-me_parte1

por migalhas, em 24.04.23

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Women’s prize for fiction 2020 shortlist

por migalhas, em 24.04.20

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A shortlist do Women’s prize for fiction 2020, agora anunciada, é liderada por 3 nomes de peso, Mantel, Evaristo e O'Farrell.

Os finalistas do prémio de £ 30.000, anunciados após uma "longa reunião do Zoom", foram elogiados pelos juízes por se envolverem com as maiores questões contemporâneas.

The shortlist

Vamos ver o que dá o anúncio do vencedor final no próximo dia 9 de Setembro. Data que, por motivos relacionados com o Corona Vírus, teve de ser reagendada, estando inicialmente prevista para 3 de Junho.

 

Até lá, saibam tudo aqui:

https://www.theguardian.com/books/2020/apr/21/womens-prize-for-fiction-shortlist-hilary-mantel-bernardine-evaristo-maggie-o-farrell

 

Boas leituras.

Dia Internacional do Livro Infantil

por migalhas, em 02.04.20

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Não tendo nenhum livro infantil editado, deixo aqui uma história para os mais pequenos, sempre com uma piscadela de olho aos mais crescidos.

O prédio que não quis crescer

Por Miguel Teixeira

 

Aquela fieira de prédios altos e majestosos, muitos deles a tocarem os céus, só era diferente de todas as outras fieiras de prédios, igualmente altos e majestosos, por uma pequena, mínima, razão, que quase nem se dava por ela. No meio dos seus gigantes irmãos, um minúsculo prédio, quase insignificante, mantivera a sua baixa estatura, resistido à tentação de crescer, de acompanhar os seus vizinhos naquela louca corrida às alturas. E de tal forma mantivera essa sua ideia – muito à conta de uma enorme teimosia - que já ninguém sequer tentava falar sobre o assunto. Passara a ser natural para todos os outros, viver paredes meias com uma “amostra de prédio”, como ainda lhe chegaram a chamar. Provocações a que não deu qualquer importância, convencido que estava da sua ideia fixa de ser assim mesmo, pequeno. Nada o mudara antes, da mesma forma que nada o iria mudar agora. Passados os piores momentos - aqueles iniciais em que a sua teimosia muitas discussões provocara – todos viviam agora em perfeita harmonia e plenamente convencidos de que assim seria para todo o sempre. Havia, no entanto, um prédio, a alguns quarteirões de distância, que ainda hoje não se conformava com esta situação, na sua opinião, ridícula. Por que razão aquele prédio se recusara a acompanhar o crescimento dos seus irmãos? Que estranha ideia o levara a tomar tão insólita decisão? Não querendo dar parte fraca – mas remoendo aquele assunto todos os dias, durante anos a fio – o inconformado prédio, de duzentos e trinta e três andares, lá se decidiu a questionar o parente que ele próprio considerava muito afastado.

  • Ouve lá, ó pequenote.
  • Estás a falar comigo?
  • Claro que estou a falar contigo. Vês aqui mais algum prédio a que possa chamar pequenote? – perguntava o enorme arranha-céus, agora todo encurvado como única forma de se chegar mais perto.
  • Não gosto que me chamem nomes associados ao meu tamanho.
  • Tudo bem, é justo. Não volto a fazê-lo. Mas há uma coisa que me tem dado a volta à telha e que gostava de esclarecer contigo.
  • Muito bem, fala.
  • Tem a ver com a tua altura.
  • Pois que outra coisa poderia ser! – desabafou – Conta-me lá então o é que tem a minha altura? – questionou em resposta, preparando-se para argumentar o que tantas vezes já repetira a outros curiosos como ele.
  • É que é muito baixa.
  • Pois é. E isso incomoda-te?
  • Não, incomodar não me incomoda. Mas, digamos, faz-me alguma confusão.
  • Faz-te confusão?
  • Sim, faz-me confusão porque é que tu não queres ser alto como todos nós. Tu alguma vez tocaste os céus ou experimentaste a sensação única que é ver tudo lá bem do alto?
  • Não, nem preciso.
  • Fazes ideia da vista espantosa que todos temos lá de cima e que tu, aqui de baixo, nem imaginas?
  • Mas quem é que te disse a ti que a vista que tenho aqui de baixo não é tanto, ou mesmo mais espantosa, do que a que tu tens lá de cima?
  • Essa agora! Como é que isso é possível?
  • Eu digo-te. Vocês cresceram, uns mais do que os outros, mas sempre com o objectivo de se afastarem cá de baixo. Tornaram-se altivos, frios, distantes e convencidos de que a vossa estatura era o que mais interessava. Mas enganam-se. Todos. O melhor da cidade está aqui em baixo, nas ruas. Porque o melhor da cidade são as pessoas e elas movem-se aqui, a dois passos de mim. Passeiam, correm, zangam-se, convivem, riem, choram, falam, tudo aqui, bem pertinho de mim. Sente-se o calor humano cá em baixo, não lá em cima. E isso sim, é o que verdadeiramente importa. Por um acaso vocês lá nas alturas têm essa visão?
  • Das pessoas? Não, lá de cima elas são... minúsculas. Quase tanto como tu.
  • Lá está! Percebes agora porque é que eu nunca quis crescer como todos vocês?
  • Acho que sim.
  • Como é que eu assistia a todo este espectáculo humano, a toda esta vida que pulsa a cada segundo na cidade, se estivesse lá no alto como vocês?
  • Tens razão. Nunca tinha pensado nisso.

E posto isso, despediu-se, convencido, como todos os outros antes dele. O alto e majestoso prédio, de muitos e muitos andares, regressou à sua posição vertical, compreendendo agora as razões que haviam levado aquele pequeno prédio a recusar-se a crescer. A recusar-se a ser mais um arranha-céus vaidoso e apenas preocupado em tocar o céu, esquecendo que o mais importante, e única razão da sua existência, vive cá em baixo, com os pés bem assentes na terra.

 

FIM

Livros para a quarentena

por migalhas, em 18.03.20

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Muitas e boas escolhas para estes dias mais caseiros.

Com mais tempo disponível, uma ideia pode ser a leitura.

Seja de livros mais antigos, daqueles que vão ficando para um dia, ou para novas edições, desta vez o que não vai faltar é tempo para lhes dedicar.

Que haja paciência, imaginação para passar as horas, fazer exercício, pois agora anda-se muito pouco, e recolhimento, pois só assim poderemos dar cabo deste maldito vírus.

E boas leituras!

Keep safe #stayathome

Costa Book of the Year

por migalhas, em 29.01.20

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Está entregue o prémio máximo da edição de 2019 dos Costa Awards. O ex-repórter de guerra Jack Fairweather ganhou o prémio "Costa Book of the Year" por "The Volunteer", uma biografia sobre Witold Pilecki, um ex-oficial da cavalaria do exército polaco e membro da resistência de Varsóvia que se infiltrou no campo de concentração de Auschwitz e incentivou a rebelião com o intuito de derrubar o campo de extermínio mais notório da segunda guerra mundial.

Aguardamos agora pela edição interna desta obra muito oportuna, pois surge num momento em que o discurso de ódio está em ascensão, o crime de ódio está em ascensão, o anti-semitismo está em ascensão e é imperativo que existam vozes que sejam ouvidas de modo a revelarem ao mundo os horrores ocorridos nesta época negra da história da humanidade, nomeadamente em campos de concentração como o de Auschwitz, que nesta mesma semana celebra o 75º aniversário da sua libertação.

 

https://www.thebookseller.com/news/costa-book-year-won-fairweathers-volunteer-1176911

(Alguns) livros para Janeiro

por migalhas, em 16.01.20

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Romance, poesia, biografia, teatro, de tudo há um pouco neste início de novo ano, capaz de nos continuar a proporcionar excelentes momentos de leitura.

Pois que se 20 é o ano, então que 20 seja igualmente a nota, aqui máxima, que possamos atribuir aos próximos 366 dias, que este ano é bissexto, no que a livros e leituras digam respeito.

Assim sendo, seguem algumas sugestões, sabendo de antemão que muitas outras são igualmente válidas, desde que nos ajudem a crescer, nos instruam, nos informem, eduquem, formem, nos tornem pessoas mais cultas e informadas sobre o que seja que possa contribuir para um novo ano e uma continuação de vida feliz , preenchida e, acima de tudo, saudável.

Um excelente 2020 a todos, recheado de não menos excelentes leituras.

https://agendalx.pt/2020/01/01/os-livros-de-janeiro/