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Antes a nação, hoje é o autor que nela habita e labuta que é valente e imortal.
Com o seu empenho e constante garra, alimenta uma identidade que se foi perdendo, esmorecendo e ditando um rumo que ele contraria, pois não se concebe morrer na praia.
Cria, grita, eleva-se, mas não se ilude: sobrevive.
Portugal, antes grande e exportador, é hoje invadido por quem vem de fora, pouco se importando com o muito que importa.
Mas a guerrilha fazemo-la nós, uma vez que a guerra é contra a nossa voz.
Há uma identidade, existe uma vontade, de voltar a erguer a bandeira e com ela cerrar fileiras, a viva voz gritando:
Somos nós, temos nós e só nós o podemos. Juntos, como autores desta mudança. Que uma nação, antes valente e imortal, não se queda às mãos da incompetência, da vergonha, da falsidade.
Que uma nação, antes valente e imortal, vive e alimenta-se daqueles que pela arte lutam, pela cultura se esforçam, pela criatividade vivem.
Longa e próspera vida ao autor português!
O livro
Capa.
Capa dura, capa cartão.
Verso de capa.
Os agradecimentos, as dedicatórias.
Prefácio.
Primeira página, segunda e outra e mais outra, numa sequência que nos agarra, com mais ou menos intensidade.
Muitas páginas ou menos do que isso, mas sempre recheadas de pomposas construções gramaticais.
Vida brota ao virar de cada nova passagem, personagens que se evidenciam, outras que por breves instantes marcam o seu espaço, como airosas mariposas num voo que tem tanto de belo como de errante.
A pena, em tempos que lá vão, a caneta, mais recentemente, hoje o teclado e um monitor impessoal que nos reflecte os pensamentos.
Desejos escondidos, pessoais encantos, que aqui ganham a força dos grandes momentos, sob a capa de um produto do imaginário.
As linhas da vida, lidas na mão de quem as escreve e se descreve ao mundo neste papel de maior ou menor qualidade.
Sou eu nestas palavras, sou eu aqui escondido. Não as olhem dessa forma, leiam-nas apenas, na simplicidade com que se perfilam.
Aqui me revejo, a páginas tantas.
Muitas, poucas, mais ou menos complexas, profundas no seu conteúdo.
Soam todas a mim, apenas a mim, eu revivido capítulo a capítulo.
Qualquer semelhança com figuras reais ou com a realidade vivida, deixou há muito de ser pura coincidência. Até por que essas não existem.
Um livro é um bilhete de identidade, qual ficção, qual produto de uma mente brilhante e fecunda de ideias.
Serve-se deste veículo com o qual se maquilha, se mascara, coloca peruca, bigode postiço.
De resto, de todo o resto, é o reflexo cuspido e escarrado do autor. Do tal que todos elogiam por ser diferente de toda a gente. Brilhante, até genial.
O livro sou eu e eu sou o livro.
Aquele mundo em que me revejo, o meu mundo, os meus segredos, a minha essência.
Parafraseando-me, eu feito eu nas entrelinhas com que vos brindo.
O epílogo, que antecede o fim.
Feliz, ou nem por isso, mas fim. Pois que tudo o tem. Até as minhas confissões. Por agora, até às próximas.
O índice. Remissivo. Para quem me queira rever aqui e ali, pontualmente.
A contra-capa.
Dura ou assim assim.
Fecha-se um ciclo.
Fechado está este livro.
© Copyright Migalhas (100NEXUS_2010)
Se gosta de ler e as suas férias já se apresentam no horizonte, não vá sem antes dar alguma atenção às sugestões que o Observador nos deixa.
Romance, poesia, ficção, não ficção, portugueses, estrangeiros, há títulos para todos os gostos, pelo que é uma questão de escolha.
O que não pode, nem deve, acontecer, é partir para o período de descanso do ano por excelência sem a companhia de, pelo menos, um bom livro na bagagem.
Por isso, boas leituras e ainda melhores férias.
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