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TUDO É ILUSÃO, DESDE O QUE PENSAMOS QUE PODEMOS AO QUE JULGAMOS QUE TEMOS.

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mundo imundo

por migalhas, em 26.05.23

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E se

por migalhas, em 15.05.23

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© Copyright Migalhas (2014)

Desalento

por migalhas, em 12.05.23

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© Copyright Migalhas (2014)

Duas mãos, quase nada

por migalhas, em 10.05.23

Duas mãos não chegam

Não chegam para ti

Não chegam para te chegar

Não chegam para o que quero alcançar

 

Duas mãos o que são?

Senão um enorme espaço confinado

Quilómetros de estradas num beco

Todos os oceanos num copo

Centos de páginas num parágrafo

 

Tão nada, tão pouco

Duas mãos

 

Não dá assim, é escasso

Por mais que estique este braço

Só ganha espaço esta distância

E a vê-la cresço em ânsia

Impotente, de mãos atado

            e então em duas mãos

 

Duas mãos não chegam

Nada chega

Tudo também não

No fim é como tudo

Como tudo tende a ser

 

© Copyright Migalhas (100NEXUS_2020)

Liberdade

por migalhas, em 04.05.23

Nela ouso pensar

de sorriso no rosto de quem sabe que quer

ou se permite poder.

 

Com ela me quero deitar

nela me quero depositar

por entre juras e promessas

de dias ao sol, noites ao luar.

 

Parida de um cravo foi, espinho de rosa é.

 

Fez a cama, onde me deitei

deu-me a mão, que aceitei

enfeitiçou-me, e eu deixei.

 

Iludido, apaixonado

fez-me sonhar acordado,

quando o tempo todo assim vivi

apenas e só, enganado.

 

Não lhe vi a outra face

o âmago que é o seu

erro meu, meu enterro

que nela quis acreditar

 

Liberdade, Liberdade

que nada tens para me dar

 

© Copyright Migalhas (100NEXUS_2023)

Citando-me_parte3

por migalhas, em 28.04.23

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Citando-me_parte2

por migalhas, em 26.04.23

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Citando-me_parte1

por migalhas, em 24.04.23

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Dia Mundial do Livro

por migalhas, em 23.04.23

O livro

 

Capa.

Capa dura, capa cartão.

Verso de capa.

Os agradecimentos, as dedicatórias.

Prefácio.

Primeira página, segunda e outra e mais outra, numa sequência que nos agarra, com mais ou menos intensidade.

Muitas páginas ou menos do que isso, mas sempre recheadas de pomposas construções gramaticais.

Vida brota ao virar de cada nova passagem, personagens que se evidenciam, outras que por breves instantes marcam o seu espaço, como airosas mariposas num voo que tem tanto de belo como de errante.

A pena, em tempos que lá vão, a caneta, mais recentemente, hoje o teclado e um monitor impessoal que nos reflecte os pensamentos.

Desejos escondidos, pessoais encantos, que aqui ganham a força dos grandes momentos, sob a capa de um produto do imaginário.

As linhas da vida, lidas na mão de quem as escreve e se descreve ao mundo neste papel de maior ou menor qualidade.

Sou eu nestas palavras, sou eu aqui escondido. Não as olhem dessa forma, leiam-nas apenas, na simplicidade com que se perfilam.

Aqui me revejo, a páginas tantas.

Muitas, poucas, mais ou menos complexas, profundas no seu conteúdo.

Soam todas a mim, apenas a mim, eu revivido capítulo a capítulo.

Qualquer semelhança com figuras reais ou com a realidade vivida, deixou há muito de ser pura coincidência. Até por que essas não existem.

Um livro é um bilhete de identidade, qual ficção, qual produto de uma mente brilhante e fecunda de ideias.

Serve-se deste veículo com o qual se maquilha, se mascara, coloca peruca, bigode postiço.

De resto, de todo o resto, é o reflexo cuspido e escarrado do autor. Do tal que todos elogiam por ser diferente de toda a gente. Brilhante, até genial.

O livro sou eu e eu sou o livro.

Aquele mundo em que me revejo, o meu mundo, os meus segredos, a minha essência.

Parafraseando-me, eu feito eu nas entrelinhas com que vos brindo.

O epílogo, que antecede o fim.

Feliz, ou nem por isso, mas fim. Pois que tudo o tem. Até as minhas confissões. Por agora, até às próximas.

O índice. Remissivo. Para quem me queira rever aqui e ali, pontualmente.

A contra-capa.

Dura ou assim assim.

Fecha-se um ciclo.

Fechado está este livro.

 

© Copyright Migalhas (100NEXUS_2010)

 

 

Man Booker 2017 vai para George Saunders

por migalhas, em 17.10.17

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Está oficialmente anunciado o vencedor do Man Booker Prize, edição 2017. Desta feita a escolha recaiu sobre George Saunders com a sua obra "Lincoln in the Bardo", naquele que é o primeiro romance deste americano mais conhecido pelas suas short stories. Mais ou menos merecido que os restantes cinco que o acompanhavam nesta fase final, a verdade é que este já ninguém lho tira. Resta-nos agora a nós, leitores, avaliar o mérito deste prémio, através da leitura das páginas que convenceram este júri sempre tão exigente. Até à próxima edição, a de 2018, temos muito tempo para tal. Boas leituras.