Após o sucesso da edição de 2015, a Chiado Editora reeditará este ano a iniciativa "Um Livro Num Dia", na comemoração do Dia Mundial do Livro a 23 de Abril, sábado.
Autores reconhecidos, escritores emergentes ou meros sonhadores, podem participar na edição ao vivo de “Um livro num dia”.
Neste dia, a partir das 09h00, a Chiado Editora vai montar um escritório móvel na Praça Luís de Camões, em Lisboa, onde o público pode apresentar os seus textos originais de forma a integrarem esta edição especial. Os contos devem ser entregues em formato digital (PEN), com um limite de 2.000 caracteres, até às 12h00.
Nenhum texto será admitido antes das 9h de dia 23 de Abril. Todas as etapas do processo de Edição de um livro terão lugar a 23 de Abril e à vista de todos.
Todas as fases de construção do livro podem ser acompanhadas in loco, desde a revisão à paginação e design da capa e, às 13h00, o livro segue para a gráfica. Ao final da tarde (18h30), regressa ao mesmo local, onde 1.000 exemplares da obra serão distribuídos gratuitamente ao público.
O livro ficará então disponível para compra em www.chiadoeditora.com e, no dia seguinte, entrará no circuito comercial podendo ser adquirido junto das maiores lojas.
Durante a tarde, o escritório mantém-se aberto, em modo OPEN OFFICE DAY, proporcionando a todos os que passem pelo espaço a oportunidade de conhecer os meandros do trabalho editorial, conversar com os nossos Editores e colocar todas as suas questões, dúvidas, sonhos, projetos, etc.
Edição ao vivo de “Um livro num dia” – Chiado Editora
23 de Abril, Dia Mundial do Livro
Praça Luís de Camões, ao Chiado, Lisboa
09h00-12h00 :: Entrega de textos originais, revisão, paginação e design de capa
13h00 :: Livro dá entrada na Gráfica
14h00-18h00 :: Open Office Day
18h30 :: Lançamento do livro e distribuição gratuita de 1.000 exemplares do livro.
Uma iniciativa que se aplaude, na sua segunda edição. Participem!
Esta terra não é a minha terra. Nenhuma terra é a minha terra. Nenhum grão do que seja, de terra, de areia, do que seja, é terra que eu pise. Eu não piso chão algum. Eu não me movo, não me atrevo, nesta ou em qualquer terra. Quantos anos somam as poeiras que me ferem a vista cansada? As mesmas que me tragam entranhas e pele e os olhos feridos, esbatida a visão que me toldam numa rajada de vento vil e doentio. Poeira traiçoeira que me devora e impede de pisar o chão, chão algum. Me fustiga a alma dilacerada, me expulsa desta casa que não tenho, que não habito, como a terra, terra alguma, seja qual for. Nenhuma terra é a minha terra. Eu não vivo, nem respiro, não me movo, nem respiro, não existo, nem respiro. Em terra alguma, eu não tenho terra, eu não a exijo, não a permito. Esta, esta terra que não é minha. Nem esta nem terra nenhuma.