Está anunciada a shortlist da edição deste ano do Booker Prize.
A cerimónia final está agendada para o dia 26 de Novembro, na qual ficaremos a saber quem será o autor, e o respectivo livro, vencedor, que consigo levará a módica quantia de 50 000 libras, qualquer coisa como 57 783,63€.
Tudo sobre este incontornável prémio literário, aqui: https://thebookerprizes.com/the-booker-library/prize-years/2023
Na lista deste ano pelo apetecível prémio de £ 50.000, Hilary Mantel, 2 vezes vencedora do Booker Prize, e a romancista Anne Tyler enfrentam oito romancistas estreantes nestas andanças.
A shortlist, de apenas seis livros, será anunciada a 15 de Setembro, com o vencedor final a ser revelado apenas em Novembro.
Relembro que o prémio do ano passado, apoiado pela primeira vez pela fundação de caridade Crankstart, foi controversamente compartilhado entre dois romances - The Testaments, de Margaret Atwood, e Girl, Woman, Other, de Bernardine Evaristo (Hamish Hamilton).
Aqui fica a longlist relativa ao Women’s Prize for Fiction de 2020. 16 Nomes para um único prémio de £ 30.000 a atribuir dia 3 de Junho, sendo que três foram já vencedores de um Booker. O Women’s Prize for Fiction comemora o seu 25º aniversário este ano e a lista final, a short one, será anunciada em 22 de Abril.
O 13 até pode ter uma conotação menos atraente, mas com certeza que não para cada um destes 13 finalistas de um dos prémios mais cobiçados da literatura mundial. O prémio contempla autor e respectivo tradutor, aos quais é dado igual reconhecimento, num valor de £ 50.000 dividido entre ambos. Cada autor e tradutor pré-selecionados receberão £ 1.000, elevando o valor total do prémio para umas simpáticas £ 62.000. De referir ainda que este ano os juízes tiveram de considerar 124 livros e que a shortlist será anunciada a 2 de Abril. Até lá, leiam aqui mais pormenores sobre cada um dos finalistas:
Margaret Atwood com "The Testaments" e Bernardine Evaristo com "Girl, Woman, Other" são as vencedoras da edição de 2019 do Booker Prize. Duas vencedoras, que assim terão de dividir entre elas o prémio de £50,000. Algo que, no entanto, não é inédito, pois já em 1974 e 1992 tal tinha acontecido com os pares Nadine Gordimer/Stanley Middleton e Michael Ondaatje/Barry Unsworth, respectivamente. Ainda assim, o facto de terem sido duas as premiadas aguça ainda mais o apetite pelo que devem ser duas obras de uma qualidade bem acima da média.
Quanto a Atwood, é a segunda vez que ganha este Prémio, desta feita com a sequela do badalado "The Handmaid’s Tale". A primeira ocorreu em 2000, com "The Blind Assassin".
Bernardine Evaristo é a primeira mulher negra a receber o Booker e vence-o com o seu oitavo livro de ficção "Girl, Woman, Other".
Aguardemos a publicação de ambas as obras por cá e, até lá, boas leituras.
Saber que um dos mais belos livros que alguma vez li vai ter honras de adaptação à sétima arte, deixa-me entusiasmado e, simultaneamente, apreensivo. Entusiasmado, pois é com imensa curiosidade que anseio pelo modo como a imagem irá retratar o que então foram letras, palavras e frases de uma força tão avassaladora, que para sempre deixaram uma marca inapagável na minha mente. Apreensivo, pois por norma as adaptações cinematográficas ficam sempre aquém das obras que lhe servem de alimento, excepto muito raras excepções que, espero, aqui seja o caso. Pois que um livro assim não merece senão o mais acurado e pormenorizado trabalho de realização, a qual irá estar a cargo de Dominic Cooke, um homem até agora quase exclusivamente dedicado ao teatro. Falo da adaptação do livro de Ian McEwan de 2007, "Na praia de Chesil", romance que foi indicado para Booker Prize desse mesmo ano e eleito "livro do ano" pelo júri dos Galaxy British Book Awards, cuja história tem lugar em 1962, durante a lua de mel de um jovem casal em Dorset. Em resumo, uma história de vidas transformadas por um gesto não feito ou uma palavra não dita, como o autor tão bem descreve nesta sua brilhante frase:
"E é assim que todo o curso de uma vida pode ser alterado - não fazendo nada."