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TUDO É ILUSÃO, DESDE O QUE PENSAMOS QUE PODEMOS AO QUE JULGAMOS QUE TEMOS.

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Hoje

por migalhas, em 24.02.25

Hoje estou ainda mais perto.

Cumpri com mais uma jornada de tantos dias e vontades e sonhos e arrelias,

que também as há.

Hoje sinto-me mais além no tempo, percorridos tantos caminhos, reais, mentais,

alguns atalhos, que também os há.

Hoje sei que continuo um percurso, a que não vislumbro o horizonte, mas avanço,

com mais, com menos, com o que me for sendo possível dar e, no processo,

em troca receber.

Hoje, sou mais eu.

Sinto-me mais em sintonia com algo que não sei expressar, mas que me soma mais identidade.

Hoje, com mais idade.

Amanhã, depois e depois, sem pressa, mas a cada dia mais alinhado com um destino que me constrói,

alicerça e desvenda ao mundo.

Assim me vejo e sinto.

Hoje.

sei-lhe o fim

por migalhas, em 14.02.25

De que me serve dar-lhe início

se já lhe sei o fim?

Começa no zero, acaba no nada.

Ou antes ainda, para se precipitar num depois inexistente.

O que antes havia, depois haverá

sobrevivendo a cada novo começo e ao abismo em que cada um se precipitará.

Esta é a contabilidade, a realidade

insignificante e tão, mas tão, vazia

que não vale um sopro, não vale nada

onde começa e onde acaba.

Agora vês-me, agora já não.

 

© Copyright Miguel Santos Teixeira (2023)

sem culpa e sem idade

por migalhas, em 12.02.25

enquanto dás like àquele outfit

com um emoji avalias aquela receita

e de caminho tiras uma selfie à porta do café chique onde vais amiúde

caem bombas, drones explodem, rajadas de metralhadora despedaçam destinos

sem aviso, sem piedade, sem do trigo separar o joio dos inocentes

dessas crianças que sonhavam ser como tu, linda e feliz nessa selfie que a seguir partilhas com os amigos

amigos vivos, abençoados por estarem do lado de cá

que do outro lado deste mesmo mundo, teu e deles

as crianças que sonhavam ser como tu não têm esse direito

apenas a morte escrita no peito

sem culpa e sem idade

por entre os escombros da sua cidade

 

© Copyright Miguel Santos Teixeira (2023)

Apenas

por migalhas, em 10.02.25

Aqui dormes,

descansas,

sob este sol abrasador que te toca e sente,

assim, indiferente.

Porque dormes e apenas sonhas.

 

© Copyright Miguel Santos Teixeira (2023)

Cautela

por migalhas, em 07.02.25

tu, que vais formosa e segura

carne exposta aos sete ventos

tem cautela na próxima esquina

dessa rua a que chamas tua

 

é que o mundo mudou

e a cobro da hora de inverno

olhos gulosos seguem essas tuas verdes curvas

esse teu sorriso lindo e inocente

que não sabe nem sonha

o que o espera lá mais à frente

 

© Copyright Miguel Santos Teixeira (2023)

derradeira voz

por migalhas, em 04.02.25

também sei ser bruto, primário, ordinário

selvagem de duvidosos costados

que afloram a espaços

numa raiva tal, que nem água vai

 

é um estado que me deixa alterado

na hora em que me toma os colarinhos deste cavalheirismo esgotado

para cavalgar a ira que nele se esconde

sem ponta de vergonha, para mal dos meus pecados

 

aguardar já não é solução

a esperança fez as malas, emigrou

esta pólis está inquinada

às mãos sujas de governantes corruptos

num vício crescente de poder maligno

levado à cena em orgias escancaradas

 

mas cuidado, ó ditadores!

que os quase descrentes, no limite

espezinhados e já moribundos

também se elevam, revoltam e sabem ser brutos, primários

neles aflorando a besta feroz, sua derradeira voz.

 

© Copyright Miguel Santos Teixeira (2023)

Começa assim "E por vezes a noite"

por migalhas, em 16.12.24

um

 

Quanto vale a tua escrita? Que peso efectivo pode ela ter

ou deixar de ter numa sociedade em que mesmo os mais básicos

valores se deterioram a um ritmo alucinante, em que a

prioridade é cada vez mais focada em bens de primeira necessidade,

em que o espectro da pobreza, da mendicidade, há

muito assombra cada um, sem olhar a credo ou a raça? Qual o

valor real de uma palavra vinda de ti, de uma frase que aches

brilhante, a todos os níveis intocável? Será que sem aquilo que

dizes e que escreves o mundo pode continuar a avançar? Será

assim tão determinante para o correr dos dias aquilo que tens

para dizer, tudo quanto passas para o papel, sejam ideias, rascunhos,

diálogos? Quem estipula o teu valor? Seja comercial,

seja meramente artístico? E mesmo esse, quem é ele? Que tem

de extraordinário ou por que possui ele essa procuração que

lhe permite avaliar o valor deste ou daquele conteúdo, deste

ou daquele pedaço de escrita? Nessa subjectividade que é analisar,

avaliar, conferir maior ou menor nota a um punhado

de folhas tingidas pelo negro das ideias que nelas se materializaram

e agora se preparam para fazer pela vida ou morrer a

tentar. Um livro será sempre um livro. As letras são as mesmas

para todos, apenas o seu encadeado varia de autor para autor,

de acordo com o enredo, a ideia, o ritmo, o estilo. É essa a

magia da escrita: encantar e surpreender com algo que está ao

alcance de todos. Terá a tua escrita o quanto lhe baste nessa

matéria? Que a teus olhos tem isso e muito mais. Mas não

quererás tu ir mais longe e um dia vires a ingressar nesse restrito

círculo dos que são amados e admirados pelo que escrevem

e o modo como o escrevem?

 

Quem pretender adquirir um exemplar, ou mais, deste meu mais recente mergulho na escrita literária, por favor proceda ao pedido nos comentário. Obrigado e Boas-Festas.

um senhor a abrir o meu livro

por migalhas, em 06.12.24

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E foi assim o lançamento

por migalhas, em 05.12.24

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Memórias recentes de uma noite inesquecível. Muitos presentes que deram ao auditório da Fnac de Alfragide um ambiente propício ao lançamento do meu mais recente livro "E por vezes a noite".

Ficam os agradecimentos a todos os envolvidos e a esperança de poder fazer chegar este meu mais recente mergulho na narrativa de ficção ao maior número possível de leitores.

Se por aí houver quem pretenda um exemplar, é deixar aqui a sua intenção que terei todo o prazer em enviá-lo via correio para a respectiva morada, pela quantia de 17€. 

Podem ainda adquiri-lo online na Fnac, Bertrand, Wook e no site da editora Cordel de Prata.

E boas leituras.

 

dia de lançamento oficializado

por migalhas, em 23.11.24

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Oficial.
Agora é contar com a vossa disponibilidade. Escusado será dizer que a vossa presença nesta data não só é crucial para o sucesso deste livro, como também para a possibilidade de futuras outras acções de promoção do mesmo. Ajudem-me a encher o auditório desta Fnac, venham daí e façam acontecer magia.
O meu obrigado a todos(as).