Está entregue o prémio máximo da edição de 2019 dos Costa Awards. O ex-repórter de guerra Jack Fairweather ganhou o prémio "Costa Book of the Year" por "The Volunteer", uma biografia sobre Witold Pilecki, um ex-oficial da cavalaria do exército polaco e membro da resistência de Varsóvia que se infiltrou no campo de concentração de Auschwitz e incentivou a rebelião com o intuito de derrubar o campo de extermínio mais notório da segunda guerra mundial.
Aguardamos agora pela edição interna desta obra muito oportuna, pois surge num momento em que o discurso de ódio está em ascensão, o crime de ódio está em ascensão, o anti-semitismo está em ascensão e é imperativo que existam vozes que sejam ouvidas de modo a revelarem ao mundo os horrores ocorridos nesta época negra da história da humanidade, nomeadamente em campos de concentração como o de Auschwitz, que nesta mesma semana celebra o 75º aniversário da sua libertação.
O prestigiado, e um dos mais populares prémios literários do Reino Unido lançado em 1971 e que celebra a nata literária dos escritores residentes no Reino Unido e na Irlanda, Costa Book Awards, acaba de lançar a sua shortlist nas diferentes categorias para a edição de 2019.
De relembrar que são 5 as categorias: First Novel, Novel, Biography, Poetry e Children’s Book.
Conheça aqui cada uma das obras que integram esta lista, cujos vencedores finais serão conhecidos apenas em 2020, a 6 de Janeiro os vencedores de cada categoria, e a 28 de Janeiro o Costa Book of the Year.
Margaret Atwood com "The Testaments" e Bernardine Evaristo com "Girl, Woman, Other" são as vencedoras da edição de 2019 do Booker Prize. Duas vencedoras, que assim terão de dividir entre elas o prémio de £50,000. Algo que, no entanto, não é inédito, pois já em 1974 e 1992 tal tinha acontecido com os pares Nadine Gordimer/Stanley Middleton e Michael Ondaatje/Barry Unsworth, respectivamente. Ainda assim, o facto de terem sido duas as premiadas aguça ainda mais o apetite pelo que devem ser duas obras de uma qualidade bem acima da média.
Quanto a Atwood, é a segunda vez que ganha este Prémio, desta feita com a sequela do badalado "The Handmaid’s Tale". A primeira ocorreu em 2000, com "The Blind Assassin".
Bernardine Evaristo é a primeira mulher negra a receber o Booker e vence-o com o seu oitavo livro de ficção "Girl, Woman, Other".
Aguardemos a publicação de ambas as obras por cá e, até lá, boas leituras.
Não há um verdadeiro precedente para o que se passou esta quinta-feira, com a Academia a anunciar ao mesmo tempo dois vencedores por não ter atribuído o prémio no ano anterior.
A escritora polaca Olga Tokarczuk (n. 1962) e o escritor, dramaturgo e argumentista austríaco Peter Handke (n. 1942) são os dois novos Nobel da Literatura, respectivamente de 2018 e 2019.
Formada em Psicologia, Olga Tokarczuk venceu há um ano o prestigiado Man Booker International Prize, com o romance "Viagens", mas a sua obra tem sido alvo de várias distinções, nacionais e internacionais. Recebeu por duas vezes o mais importante prémio literário do seu país, o prémio Nike; em 2018, foi finalista do prémio Fémina Estrangeiro e vencedora do Prémio Internacional Man Booker. Os seus livros estão traduzidos em trinta línguas.
Quanto ao vencedor do Nobel da Literatura de 2019, Peter Handke, tem uma obra mais difundida em Portugal, onde estão publicados trabalhos como "A Angústia do Guarda-redes antes do Penalti", "A Hora da Sensação Verdadeira", "Para uma Abordagem da Fadiga", "A Mulher Canhota" ou "Uma Breve Carta para Um Longo Adeus". Colaborador de longa data de Wim Wenders, são também seus os argumentos de várias longas-metragens do cineasta alemão.
tira 7, deixa 6, que são só os candidatos finais ao prémio dos prémios.
Margaret Atwood, Lucy Ellmann, Bernardine Evaristo, Chigozie Obioma, Salman Rushdie e Elif Shafak. É este o lote de nomes que se habilitam seriamente a ganhar um dos mais cobiçados prémios literários do ano.
Dia 14 de Outubro cá estarei para dar conta do ou da galardoado(a) que irá receber as £50,000 e, naturalmente, o reconhecimento mundial nos dias que se seguirão.
A lista longa, em número de 13 finalistas, acaba de ser anunciada. Muitos nomes já consagrados integram a lista deste ano e também por isso se prevê uma discussão bem mais renhida.
A 3 de Setembro esta lista encolhe e passa a 6 e talvez aí já se consiga imaginar um final para a versão deste ano deste que é um dos mais consagrados prémios literários da actualidade.
Após vencer o #ManBooker2018 com a obra "Milkman" (@FaberBooks) Anna Burns vence também, e com a mesmíssima obra, o @TheOrwellPrize for Political Fiction. Um 2 em 1 que só espelha a qualidade do que aqui parece estar em jogo. Que seja rapidamente traduzido e editado por cá, para também nós nos podermos deliciar com esta pérola.