Há de haver
por migalhas, em 14.07.23
à imagem deste que julgo ser
à beira de um imaginário precipício
há tudo quanto se me escapa
daqui até onde a minha mão alcança
há o que não pressinto, nem vejo
neste meu infinito desejo
há o que calo e não digo
como quem silencia um inimigo
no universo há tudo isto
mais aquilo que não entendo
amálgama de que sou feito
para lá deste espaço e tempo em que existo
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