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TUDO É ILUSÃO, DESDE O QUE PENSAMOS QUE PODEMOS AO QUE JULGAMOS QUE TEMOS.

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De partida

por migalhas, em 24.10.25

Os prados alongam-se ao horizonte

Esticam seus braços de fineza feitos

Vejo-os sem fim, perco-me nos seus limites

Que não distingo, nem conheço

Tudo é terra, daqui até onde a imaginação alcança

Movem-se gestos inseguros

Pensamentos ganham forma em forma de partida

A bagagem tenho-a na memória

Segue comigo como o vento e este céu obscuro

Num cinzento que marca cada dia

A anteceder trovoadas e queda de granizo

As culturas arruinadas, os prados perdidos

Sigo sem destino

A bagagem tenho-a comigo

Ela é memória

Crime e castigo

 

© Copyright Miguel Santos Teixeira (2024)