A palavra queda-se
por migalhas, em 29.08.07
A poderosa palavra esgota-se no tempo
Palavras, todas as palavras, leva-as o vento
Nada persiste, nada nos sobrevive
O rumo dos tempos é o único que nos assiste
Falsa gente aquela que insiste
Que é na palavra que a ordem persiste
Meros códigos gastos, dialectos em convulsão
Quando se quedam, findam-se por uma razão
E esse dia chegando, cansado até à exaustão
Reze-se aos deuses, apele-se por compaixão
Pois esse será o dia da genuína aflição