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TUDO É ILUSÃO, DESDE O QUE PENSAMOS QUE PODEMOS AO QUE JULGAMOS QUE TEMOS.

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Labirinto

por migalhas, em 26.07.07

No labirinto em que me movo

Guiado pela vontade em o contornar

Sabê-lo dominado e dele não mais ouvir falar

Faço minhas algumas palavras

De quem dele se abeirou e tomando-lhe o pulso

Soube que era imenso, difícil de imaginar

 

Perdi o norte, não sei as horas

Nem que parte do dia me abraça

Sei que sou eu mesmo, ainda que alterado

Uma amálgama de gente feita

Um ser cansado, por demais cansado

E à vida brava fatalmente algemado

 

Tendo a ser uno com cada dia

Pois deles depende a minha insanidade moribunda

Fugaz a existência

A aparência do que se supõe real mas que de real pouco tem

Parece que é mas não é

Como aos poucos se entende, ou talvez não

 

Somos um, somos muitos, bravos heróis

Lançados à fera que é esta estada

Esta permanência por parte sempre incerta

Como incerta é a hora que passa

Sem rumo definido, nem caminho traçado

 

Resta a espera

Infinita espera

Por quê?

Existe razão?

De que dependo, dependemos

Para ser, sermos

Um, todos, reais heróis de um mundo a vibrar por nós

 

Hoje tudo se confunde

Por que tarda a resposta

Atrasada, como sempre

Mas que não se confunda

Resposta concreta com semelhança profunda

Pois ser não é parecer

E é dessa garantia que tudo depende

Inclusive eu, nós, quantos se aventuram a viver

E esse imenso labirinto tentar perceber

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