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TUDO É ILUSÃO, DESDE O QUE PENSAMOS QUE PODEMOS AO QUE JULGAMOS QUE TEMOS.

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Mais do mesmo

por migalhas, em 17.07.07

Mais de 6,4 milhões de toneladas de lixo, das quais 60 a 80% são plásticos, acabam no mar anualmente, segundo um relatório hoje divulgado pela organização ambientalista Greenpeace no âmbito da campanha «Recuperemos o Mediterrâneo».

Assim não dá. Muito se fala em defesa do ambiente, muito se diz, se discursa, sim senhor, temos de fazer, de agir, mas depois… depois vamos de férias e por que não estamos em casa, por que aquele é um local onde se calhar nem voltaremos algum dia, que se lixe! Fica aqui este lixo que o caixote está longe.

Dados da campanha 2006/2007 do programa Coastwatch Portugal revelaram que a presença de lixo, sobretudo garrafas e sacos de plástico, continua a ser problemática nas praias portuguesas, tendo sido contabilizados mais de 100 mil resíduos em 350 quilómetros de costa.

O problema é extensível ao mundo, ao globo. Tão porcos somos nós por cá, como todos os outros povos, lá por terra deles. Com uma única e desastrosa consequência: A asfixia do planeta.

O Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUA) estimava, em 2005, que existiam cerca de 13.000 fragmentos de plásticos por quilómetro quadrado nos oceanos. O Mar Mediterrâneo nas zonas próximas das costas de Espanha, França e Itália, são as zonas do planeta com mais detritos no fundo do mar: 1.935 unidades por quilómetro quadrado.

Todas estas conclusões só vêm confirmar que pouco nos importamos com os nosso filhos e com os filhos que serão os deles. Estamos a deixar nas suas mãos um planeta moribundo, agastado de tão graves e repetitivos abusos. Os que vêm que resolvam, pois que nós nem remediar conseguimos. E tudo por que não queremos, só por isso.

O estudo indica que 70% do lixo mundial encontra-se no fundo do mar, ameaçando várias espécies entre as quais tartarugas, cetáceos e focas.

A bibliografia regista 267 espécies marinhas diferentes afectadas pelos plásticos, algumas das quais em perigo de extinção.

Somos uma verdadeira vergonha, pois todos os dias desrespeitamos o planeta, a sua natureza e, mais grave ainda, o próximo. O nosso igual, pois é humano como nós e necessita tanto deste planeta e daquilo que ele nos oferece como nós próprios. Estamos todos no mesmo barco e ninguém parece aperceber-se desse facto indismentível.

Cerca de 80% deste lixo tem origem em terra, através das redes de saneamento, actividades industriais e turismo costeiro. Embalagens de comida e bebida, cigarros, brinquedos de praia, preservativos, seringas, redes e linhas de pesca, ou sacos de plástico encabeçam a lista dos detritos mais comuns um pouco por todo o lado, refere o estudo da Greenpeace.

Pôr a mão na consciência e pensar que tudo o que possa ser feito é para bem de todos. É uma questão de educação, de civismo, de respeito pelo próximo. E ainda vamos muito a tempo. Basta haver vontade em fazer acontecer. O futuro está na nossa mão e depende de nós. Apenas de nós.

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