E não se pode exterminá-las?
Sabem aquelas coisas irritantemente chatas, que nos incomodam a toda a hora quando se instalam? Como se não bastasse o desconforto que provocam, ainda têm o desplante de se colocarem estrategicamente de forma a interferir sempre com um ou outro movimento mais comum em nós. Um gajo faz isto, dói. Faz aquilo, ui. E depois levam tempo a sarar, as sacanas! Isto quando não exageram ainda nas dimensões que assumem, espraiando-se a seu belo prazer numa área exagerada que ocupam sem água vai. Tipo campismo selvagem! São levadas da breca, estas oportunistas. Apanham um gajo descompensado e vai de se fazerem convidadas para se hospedarem por uns tempos, sem sequer pagarem uma renda. Mais que não fosse pelo incómodo que causam. Mas isso pouco lhes importa. E lindo, lindo (salvo seja!), é quando se apresentam aos pares. Acompanhadas por outras que, como elas, nada mais têm para fazer senão importunar as vidas alheias. É que se uma já faz a mossa que faz, imaginem duas ou quatro, ainda por cima movidas pelas mesmas maléficas intenções. Uma delas já se deu por vencida, mas a outra... Eu bem lhe ponho isto e aquilo, mas a cabra está a dar luta! Raios a partam! Deve ser de uma estirpe guerreira que encontra nas minhas fraquezas força para se manter, tipo sanguessuga. Até já vi estrelas à sua custa. De cada vez que passo com a escova de dentes por ali e perto e, inadvertidamente, a varro de lés-a-lés. Bolas, como dói. É de ir às lágrimas. Mas não hás-de levar a melhor, acredita. Se julgas que estás aí para ficar, desilude-te! Quanto muito, estás aqui, estás ali.