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Em mutação

por migalhas, em 26.03.07

Que o mundo está a mudar, ninguém pode desmentir. E não é apenas pela constatação diária das inúmeras alterações climáticas, dos recorrentes abalos de terra ou da aparente mudança de opinião de alguns líderes políticos em relação ao que se passa no Iraque. Por muito distraída que seja uma pessoa, ou que diga não se importar com o que se passa à sua volta, acontecimentos há que marcam profundamente, da mesma forma que vacas e vitelos são marcados com um ferro em brasa. Veja-se o caso recente da vitória esmagadora da selecção das quinas sobre a sua congénere belga. Uma notícia que não o é apenas pelo exagero dos números, mas principalmente por que corresponde à primeira vitória oficial das nossas cores face às do país das batatas fritas em não sei quantos jogos. Se tal não fosse suficiente para provar que o mundo está em actual mudança, eis que a nossa selecção, desta feita a de râguebi, se qualifica pela primeiríssima vez para uma fase final de um campeonato do mundo da modalidade. Eu que nem sequer sabia que por cá se jogava râguebi a um nível que nos permitisse ombrear com selecções consagradas como as da Nova Zelândia, França, Escócia ou País de Gales num evento desta importância. Querem prova maior de que o mundo está em mutação? Querem? Então saibam que o túnel do Marquês está prestes a abrir ao trânsito ou, num âmbito mais internacional, que a top model mais violenta dos últimos tempos, a menina Naomi, anda a cumprir com as suas obrigações comunitárias, e pelos vistos bem, tratando das limpezas de um escritório lá para os lados de Nova Iorque. Estes são daqueles factos que “arrumam” definitivamente com qualquer incrédulo que ainda ouse recusar a constatação de que a realidade aponta num único sentido: mudança. Com um cenário assim, não serão de estranhar coisas como um entendimento entre as duas maiores forças políticas nacionais, como a retirada de todas as tropas estrangeiras estacionadas no Iraque, como um acordo que ponha fim definitivo à escalada do nuclear, empolada por nações como a Coreia do Norte ou o Irão, como uma ajuda humanitária por parte do Vaticano a África, em prol do fim da fome e miséria que por lá grassa, ou como uma nova vitória do Sporting no nosso modesto campeonato de futebol. Se algum nestes acontecimentos vier realmente a concretizar-se, terá de ser encarado, apenas e só, como natural, face à mudança que este mundo anda a sofrer. Uma mudança 1% natural, face aos restantes 99% artificiais, que lhe são incutidos por todos nós, elementos da raça humana. Para melhor muda-se sempre, sempre ouvi dizer. Mas será este o caso? Cá estamos para tirar tudo a limpo. Ou talvez não.

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