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TUDO É ILUSÃO, DESDE O QUE PENSAMOS QUE PODEMOS AO QUE JULGAMOS QUE TEMOS.

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Do velho se faz novo

por migalhas, em 15.12.06

E pronto. Aí está ele de novo. Mais uma versão, a mais actualizada de sempre, do velho e sempre ansiado Natal. Aí estão as mil luzinhas, os enfeites que todos os anos se renovam, o corrupio de multidões aos grandes centros comerciais, as compras de última hora, as inutilidades de quem tem de oferecer qualquer coisa e até às vésperas não se decidiu, aquele espírito, versão especial de Natal, cujo prazo de validade limitado estende-se, na melhor das hipótese, à semana que se segue ao dia 25, propriamente dito. Todos os anos é o mesmo folclore. A história repete-se nos votos que se transmitem, nos artigos que inundam as revistas, nas notícias dos telejornais. Do baú recuperam-se as receitas sazonais, que nesta época ganham aquele protagonismo especial, as vestes em tons mais condizentes, as figurinhas do presépio ou o pinheiro de plástico, que vem trazer a cada lar um ar festivo e de esperança nos homens, nem que seja até aos Reis. Passado o Natal, a euforia da míngua de prendas e dos excessos de açúcares, seguem-se os preparativos para um outro ponto alto do ano. Curiosamente, coincidente com o seu término. Daí ser conhecido por fim de ano. Nova festa se avista no horizonte, tal e qual a terra se avistava aos navegadores após as longas e desgastantes viagens que faziam rumo ao desconhecido, um pouco à imagem das que cada um de nós também vive a cada novo ano. E é de um novo ano que agora se fala. De um que assina com um 7 no fim e que, a esta distância, nos promete tudo, nos enche de esperança, de sonhos, de ambições que, para já, ainda são válidas. Também aqui a história se repete, como uma reciclagem a que anualmente entregamos cada período vivido de 365 ou 366 dias. E parece que foi ontem, diz-se e ouve-se dizer frequentemente. E foi mesmo. Agora pertença do passado, mais ou menos recente. Uma memória que nos preenche e ganha novo fôlego, a cada reanimação a que é sujeita nas urgências desta nossa vida. De qualquer das formas reina a expectativa. Do que nos pode reservar esta nova dose de 365/366 dias que se sucedem uns após os outros em repetidos domingos, segundas-feiras, terças-feiras, quartas-feiras, quintas-feiras, sextas-feiras e sábados, enquadrados em grupos de 4 semanas que perfazem os 12 longos meses que nos aguardam, logo ali, ao virar daquela esquina, que se intitula de 31 de Dezembro. Escusado será perguntar se para o ano vamos assistir a esta mesma lengalenga. Claro que sim, que vamos. Caso contrário, nem saberíamos o que fazer ou como reagir. Devaneios à parte, boas festas para quantos passem por aqui e tenham a paciência de dedicar algum do seu preciso tempo a estas linhas.

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