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TUDO É ILUSÃO, DESDE O QUE PENSAMOS QUE PODEMOS AO QUE JULGAMOS QUE TEMOS.

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Por que não há 2 sem 3

por migalhas, em 15.11.06

Segundo recente conclusão do Congresso da União dos Editores Portugueses (UEP) a maioria dos portugueses não lê um livro por ano. Apontam como uma das causas os preços praticados que, em media, são superiores aos da Europa comunitária. Aliás, como quase tudo aquilo que consumimos. Mas adiante. Existe também uma clara falha no que concerne à divulgação da língua portuguesa, dos seus escritores e respectivos livros, o que faz com que a maioria dos interessados não cheguem sequer a conhecer a nova geração de esforçados autores que encaram este meio como uma verdadeira aventura, da qual pouco podem esperar em troca. Assiste-se à aposta mais do que ganha nos autores consagrados, que depois muitas das vezes nos brindam com obras impossíveis de ler ou de entender, esquecendo regras básicas da escrita que, considero eu, são essenciais à própria literatura em si. Mas adiante. Tudo isto para rematar dizendo que vou parir o meu terceiro herdeiro literário no próximo sábado, 18, no Palácio Beau Séjour, em Benfica. Uma obra que já houve quem a rotulasse de romance policial, mas que para mim é algo bem mais complexo, mais profundo. Intitula-se “A matilha dos desencantados” e é, como o próprio título indicia, uma áspera viagem ao lado mais duro e cru da realidade que a todos cerca, mas que apenas a alguns consegue quebrar. É desses que trata este meu último delírio, cujo registo se mostra mais denso, mais rude, quiçá mais chocante, mas essencial como reflexo do mundo vil e cruel que aqui vos exponho. Contrariem os dados estatísticos com que iniciei este texto e leiam pelo menos um livro este ano: o meu! Apareçam ao lançamento e descubram todo o desencanto desta matilha.