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TUDO É ILUSÃO, DESDE O QUE PENSAMOS QUE PODEMOS AO QUE JULGAMOS QUE TEMOS.

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Espaço, a última fronteira

por migalhas, em 04.08.06

Tudo o que o homem cria ou inventa, e que mais tarde materializa em forma de objecto, tem por finalidade ocupar espaço. Espaço físico que vai mingando na razão inversa à produção em série a que posteriormente são sujeitos todos esses objectos, fruto da mente engenhosa do homem. Um saber que ocupa lugar, por assim dizer. O espaço de que dispomos neste planeta é o mesmo desde a sua origem (mais metro, menos metro) e nada sugere que este possa vir, a breve ou mesmo a longo prazo, a esticar na proporção directa de tudo o que diariamente é produzido. As próprias pessoas, à medida que nascem, vêm ocupar um espaço que até então estava disponível e que, a partir daí, se vê preenchido por mais uma forma. Basta pensar na quantidade imensurável de objectos com que lidamos todos os dias, nossos ou não, e só por aí já dá para ficar com uma ligeira ideia. Agora é extrapolar o nosso particular para o que sucede a nível global e a mesma ideia passa a ser assustadora. Imaginar todo o espaço que é ocupado por matéria física por nós idealizada para combater as nossas inúmeras necessidades. Sim, por que a necessidade é a mãe, o motor gerador, de toda e qualquer invenção que tenha o dedinho do bicho homem. Só a título de exemplo capaz de servir de argumento válido a esta minha prelecção (caso assim a entendam), imaginem a quantidade de livros que existe em todo o globo. Os que já o são e os que surgem diariamente como materialização da imaginação prolífera de escritores e outros homens e mulheres dedicados às letras. É incrível pensar como é que ainda sobra tanto espaço para os guardar, armazenar, expor. Se é unânime que se considere o factor tempo como o mais decisivo de quantos existem (ou simplesmente concebemos para marcar o nosso ritmo ou permitir-nos uma melhor percepção da sua passagem por nós), não é menos verdade que o factor espaço é também ele gigante em matéria de importância, conferindo-lhe autoridade suficiente para ombrear com este seu mais directo concorrente. Mais ainda se nos debruçarmos sobre ele desta forma simples e sumária como aqui o fiz. A temática espaço ganha espaço na nossa ideia e passa a ser difícil deixar de a considerar como algo de dimensões realmente avassaladoras. Um sério contributo para nos consciencializarmos de quão ínfimos e insignificantes somos no contexto espaço/temporal, tal e qual uma poeira microscópica que vagueia vagabunda, sem origem ou rumo que se lhe possa apontar.     

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