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TUDO É ILUSÃO, DESDE O QUE PENSAMOS QUE PODEMOS AO QUE JULGAMOS QUE TEMOS.

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Um Senhor

por migalhas, em 28.06.06

Apaixonou-se pelo cinema aos três anos, quando a mãe o levou a ver Branca de Neve e os Sete Anões, mas foi apenas aos sete que a ideia de fazer filmes lhe surgiu pela primeira vez. Assistia a “The Black Swan” (1942), um filme de aventuras de Henry King. A entrada no mundo do espectáculo aconteceu, porém, através da escrita. Aos 15 anos começou a escrever textos humorísticos para programas de televisão e de rádio. “The Ed Sullivan Show”, “The Tonight Show” e “Your Show of Shows”, foram alguns dos programas de êxito da televisão norte-americana em que trabalhou como guionista. Nos palcos de Nova Iorque deu nas vistas com os seus números de stand up comedy, de tal modo que em 1965 foi convidado para escrever o argumento do filme “What’s New, Pussycat?”. Um ano depois, estreava-se como realizador com “What’s Up, Tiger Lilly?”, uma adaptação de uma película japonesa. Desde então não mais parou. Em quase 40 anos realizou 40 filmes, dos quais 4 para a televisão e participou como actor em 28. Depois de “Matchpoint” (2005), está já prevista para 2006 a estreia do seu 41.º filme, “Scoop”. Oscilando entre a comédia e o drama, questiona constantemente as relações humanas, colocando-as com mestria em cada uma das suas obras de arte. Recebeu 20 nomeações para os Óscares nas categorias de melhor argumento original (mantém um recorde nesta categoria, com 14 nomeações), melhor realizador e melhor actor principal, das quais alcançou apenas duas estatuetas (para melhor argumento original e melhor realizador por “Annie Hall”, em 1978). A título de curiosidade, destaque-se o facto dos genéricos, inicial e final, dos seus filmes se resumirem quase que invariavelmente a um desfilar de letras brancas, do tipo windsor, sobre fundo negro, ao som de música jazz. Um dos seus cenários favoritos é a cidade de Nova Iorque, recusa-se a ver os seus filmes depois de estrearem e raramente está presente nas cerimónias de entrega de prémios, excepção feita ao ano de 2002 quando assistiu ao Festival de Cinema de Cannes para receber a Palma das Palmas.

 

São suas as citações que se seguem e que dizem tudo, ou quase, sobre este mestre da palavra.

 

“Não quero alcançar a imortalidade através do meu trabalho. Quero atingi-la não morrendo.”

 

"Não temo a morte. Só não quero é estar presente quando ela chegar."


“Basicamente sou uma pessoa pouco culta. Prefiro ver basebol com uma cerveja e algumas almôndegas.”


“O dinheiro é melhor do que a pobreza, nem que seja por motivos financeiros.”


“Se o meu filme fizer mais alguém miserável, sinto que fiz o meu trabalho.”


“Por alguma razão sou mais apreciado em França do que na minha terra. As legendas devem ser incrivelmente boas.”


“Os dois maiores mitos sobre mim são que sou um intelectual, porque uso estes óculos, e que sou um artista, porque os meus filmes perdem dinheiro.”


“O meu único arrependimento na vida é não ser outra pessoa.”


“O homem foi feito à semelhança de Deus. Acredita realmente que Deus tem cabelo ruivo e óculos?”

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