Caloteiros e Comp.ª
Neste momento são já mais de 116 mil os portugueses que fazem parte da chamada lista negra do Banco de Portugal, formalmente designada por Lista de Utilizadores de Risco. Uma designação simpática para os usualmente apelidados de caloteiros, que desta forma se vêem privados do uso de cheques durante o período de dois anos. Uma contrariedade de monta para as suas falcatruas comuns, a que devem acrescentar ainda dificuldades acrescidas no acesso a qualquer tipo de crédito. Embora em decréscimo desde 2003, esta mostra-se uma espécie difícil de exterminar, tendo inclusive contribuído com mais 76 mil novos nomes para a dita lista, só no ano transacto. Não que me orgulhe de tocar neste assunto aqui no meu espaço, mas fi-lo por que é mais um daqueles temas que transpirando para o exterior servem apenas para cimentar a ideia de que somos de facto um bando de aldrabões que fazem disso modo de vida e questão de orgulho pessoal. Depois não admira que lá por fora nos olhem com desconfiança e uma natural antipatia. Isto já para não falar que, neste nosso paraíso à beira-mar plantado, maltratar contínua e cobardemente uma pequenita de 5 anos e posteriormente atirá-la às águas de um rio para uma morte mais do que certa, premeditada, vale apenas 18 anitos de presídio. Com as atenuantes e um comportamento que se prevê exemplar, ao fim de meia dúzia de anos, mais coisa menos coisa, estarão cá fora mais dois assassinos, capazes de voltar a fazer o mesmo se lhes der na real gana. Num caso de homicídio qualificado como este que agora foi julgado, a que se adicionam atrocidades inconcebíveis num ser humano desferidas sobre uma criança inocente e sem possibilidade de se poder defender face aos seus cobardes agressores, sou da opinião que deveria haver apenas e só um tipo de sanção: pena de morte. Não concebo outro tipo de castigo para escumalha desta espécie. Todos nós viveríamos muito mais felizes com a sua partida, para além de que o mundo ficaria aliviado de mais dois seres que não só não aproveitaram a sua vida, como ainda se deram ao luxo de decidir o desperdício de uma outra, que estava tão só a dar os seus primeiros passos.