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TUDO É ILUSÃO, DESDE O QUE PENSAMOS QUE PODEMOS AO QUE JULGAMOS QUE TEMOS.

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A dança do tempo

por migalhas, em 08.11.04
Ainda agora começou o mês de Novembro e já se fazem sentir um pouco por todo o lado as decorações e iluminações alusivas ao Natal. A pouco mais de dois meses da celebração, e atendendo a que esta é uma época que pode contribuir seriamente para o equilíbrio de algum comércio e certamente de muitos negócios, parece-me de todo aceitável que façam por usufruir de todo o simbolismo desta data o máximo de tempo possível. Mas não foi este aproveitamento comercial de mais uma data marcante do nosso calendário que me levou a escrever este post. O que me soou estranho e desde logo chamou a minha atenção, foi o factor tempo. Não o tempo que faz, meteorologicamente falando, mas o tempo que insiste em passar por nós apressado. Ao olhar essas mesmas decorações, dei comigo a pensar “mas ainda há pouco tempo foi Natal”! É verdade. Parece que ainda foi ontem que andei a fazer todas aquelas compras para a família, para os amigos, para todos aqueles que nesta época devem ser alvo de, mais que não seja, uma pequena lembrança. Feitas as contas, já lá vão quase doze meses desde então, o mesmo é dizer, que passou mais um ano nas nossas vidas. E pergunto eu: demos por isso? Tivemos nós alguma vez consciência de que os dias passaram a esta velocidade? Que as horas, os minutos, os segundos, seguiram ao seu ritmo sem sequer nos consultar? Por alguma razão se diz que o tempo voa. Deixo-vos com este pensamento, perguntando se, perante este cenário, não valerá a pena ponderar melhor as nossas prioridades, viver a nossa vida um dia de cada vez e perceber que cada dia que passa é uma dádiva que nos é oferecida para que a desfrutemos em pleno. Lembram-se do filme “O clube dos poetas mortos”? Pois então, Carpe Diem. Ou seja, desfrutem o dia. Todos os dias. Cada dia. Como se fosse o último.

“A cada dia que passa
Há uma vida que nos escapa
A cada hora que passa
Há uma nova ansiedade que nos devora
A cada minuto que passa
Há mais uma criança que chora

Voou um minuto, outra hora soou, mais um dia passou
Sinto-me definhar ao ver o tempo passar
Sinto-me partir, em breve serão horas deste mundo largar
Sei que em breve irei desaparecer
Para num novo ser voltar a crescer

Sucedem-se as vidas
Uns chegam, outros vão
É a roda viva de um mundo em permanente ebulição

Pudéssemos nós escrever o futuro
Saber à partida o que nos espera a chegada
Cresceríamos melhor, daríamos outro destino
A esta morte mais do que anunciada?

Não nos compete a nós
Não está na nossa mão
Mas se calhar é melhor assim
Pois quem nos guia é a fraqueza da emoção”.

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