coisas vivas
por migalhas, em 04.07.13
olham-me estas cadeiras despidas
sussurram as jarras num tom reprovador
que à falta das pessoas fingidas
vingam as coisas, em todo o seu esplendor
de indecifráveis intentos
porém de garras afiadas
elas espalham aos sete ventos
rumores e histórias inventadas
congeminam entre si a revolução
que põem em marcha sem água vai
é sua a suprema decisão
que pesada sobre mim recai
quais coisas desprovidas de vida
quais peças inanimadas
que elas estão sempre de guarida
e por todo o lado instaladas
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