Comemora-se hoje o Dia do Livro Português, data criada pela Sociedade Portuguesa de Autores com o intuito de destacar a importância do livro, do saber e da língua portuguesa em todo o mundo.
E se tal acontece anualmente nesta data, é por que foi neste preciso dia, em 1487, que se imprimiu o primeiro livro em Portugal: o “Pentateuco”. Tal aconteceu em Faro, nas oficinas do judeu Samuel Gacon, na Vila-a-Dentro, e tratava-se de um livro escrito em hebraico.
Já o primeiro livro escrito em português foi impresso no Porto, dez anos depois, em 4 de janeiro de 1497. Produzido pelo primeiro impressor luso, Rodrigo Álvares, o livro tinha o título de “Constituições que fez o Senhor Dom Diogo de Sousa, Bispo do Porto”.
Fonte: www.calendarr.com
Em jeito de homenagem ao livro português, aqui fica uma eleição levada a cabo pela revista Estante onde se pretendeu escolher os 12 melhores livros portugueses dos últimos 100 anos. Leiam e boas leituras.
Na data de hoje comemora-se não só o Dia Mundial da Poesia mas, mais importante ainda, o Dia Mundial da Árvore. E digo mais importante, pois a crescente escassez de árvores é uma realidade cada vez mais presente. Fruto dessa desflorestação irracional, desse processo completo e permanente dedestruiçãomassiva, deabate intensivoeconstantedeárvoresdefloresta, debosque, o que seja que provocaa destruiçãodeecossistemas,alteraçõesclimáticas,perdadepatrimónio genético, esta é uma realidade, na sua maior parte, da autoria do pior inimigo deste planeta, o próprio homem. O mesmo que não poderá sobreviver sem elas, pois convém lembrar que são essas mesmas árvores que diariamente desaparecem a um ritmo assustador, os pulmões deste nosso rochedo em que habitamos. E se de ar precisamos como de pão para a boca, já a poesia não é assim tão fundamental, pois dela não depende a nossa existência. Talvez uma outra, a cultural, e aí sim, ela reveste-se de toda uma dimensão que ninguém ousa discutir. Mas para que a possamos continuar a apreciar, convém que consigamos continuar a respirar. E crendo que sim, que ainda nos restarão uns anos de oxigénio, então durante esses que celebremos a diversidade do diálogo, a livre criação de ideias através das palavras, da criatividade e da inovação, aquilo que é, afinal, a poesia. Que atentemos na importância da reflexão sobre o poder da linguagem e do desenvolvimento das habilidades criativas de cada pessoa e do modo como cada qual contribui para a diversidade criativa através da sua perceção e compreensão do mundo. Sejamos poetas, sim, mas antes disso amantes cuidadosos deste nosso planeta, pois só assim poderemos continuar a usufruir, desfrutar, amar, desta forma inigualável da nossa linguagem.
O conceituado prémio Man Booker Prize International já tem a sua longlist para a edição de 2018.
Dela constam estes 13 magníficos:
The 7th Function of Language, de Laurent Binet (França). Traduzido por Sam Taylor e publicado pela Harvill Secker;
The Impostor, de Javier Cercas (Espanha). Traduzido por Frank Wynne e publicado pela MacLehose Press;
Vernon Subutex 1, de Virginie Despentes (França). Traduzido por Frank Wynne e publicado pela MacLehose Press;
Go, Went, Gone, de Jenny Erpenbeck (Alemanha). Traduzido por Susan Bernofsky e publicado pela Portobello Books;
The White Book, de Han Kang (Coreia do Sul). Traduzido por Deborah Smith publicado pela Portobello Books;
Die, My Love, de Ariana Harwicz (Argentina). Traduzido por Sarah Moses e Carolina Orloff e publicado pela Charco Press;
The World Goes On, de László Krasznahorkai (Hungria). Traduzido por John Batki, Ottilie Mulzet e George Szirtes e publicado pela Tuskar Rock Press;
Like a Fading Shadow, de Antonio Muñoz Molina (Espanha). Traduzido por Camilo A. Ramirez e publicado pela Tuskar Rock Press;
The Flying Mountain, de Christoph Ransmayr (Áustria). Traduzido por Simon Pare e publicado pela Seagull Books;
Frankenstein in Baghdad, de Ahmed Saadawi (Iraque). Traduzido por Jonathan Wright e publicado pela Oneworld;
Flights, de Olga Tokarczuk (Polónia). Traduzido por Jennifer Croft e publicado pelas Fitzcarraldo Editions;
The Stolen Bicycle, de Wu Ming-Yi (Taiwan). Traduzido por Darryl Sterk e publicado pela Text Publishing;
The Dinner Guest, de Gabriela Ybarra (Espanha). Traduzido por Natasha Wimmer e publicado pela Harvill Secker.
Destes, apenas 6 farão parte da shortlist, a ser anunciada a 12 de Abril, com o grande vencedor a ser revelado a 22 de Maio. De relembrar que no ano passado o prémio foi atribuído ao israelita David Grossman, autor do romance Um Cavalo Entra num Bar.
Dizem que, para o mês de Março, as editoras apostaram em força na não-ficção. Seja como for, para todos os gostos há-de haver sempre novas e mais antigas leituras capazes de nos fazerem esquecer um pouco este mundo e servirem assim de bilhete de entrada nesse outro que é sempre tão mais deslumbrante e apetecível. Vamos a ele, ao mês da Primavera e dos dias maiores e de mais sol, sempre na boa companhia dos livros. A todos um excelente mês, de leituras ainda melhores.