Cover art for the forthcoming US edition of Simon Callow - Official's CHARLES DICKENS AND THE GREAT THEATRE OF THE WORLD.
The caricature is by Peter de Sève, who also did the great illustrations for the Vintage editions of David Copperfield and six other Dickens classics earlier this year.
Que não se pense que Portugal irá seguir em frente rumo à tão ansiada final do Euro 2012. Não por falta de valor, ou mesmo de mérito, num jogo que ainda assim se antevê complicado, afinal estaremos perante os campeões europeus e mundiais em título, mas por que uma outra vontade foi atempadamente expressa por quem mexe os cordelinhos deste teatro de ilusões que é o Euro 2012. Vistas bem as coisas, à luz de uma análise isenta e baseada nos factos do jogo, a Espanha já nem deveria constar do grupo de equipas que atingiu os quartos-de-final, pois fê-lo à custa do perdão de, não uma mas, duas grandes penalidades no decurso do jogo contra a Croácia (veja-se, entre outros, o artigo http://www.dn.pt/especiais/interior.aspx?content_id=2617370&especial=Euro%272012&seccao=DESPORTO), o que colocaria esta selecção nesta fase avançada da competição em detrimento dos actuais campeões. Mas esse desejo de sua excelência de assistir a uma final bem mais rentável e mediática, tudo irá condicionar para que tal seja uma realidade, pelo que antevejo grandes injustiças no próximo dia 27, para males dos nossos pecados. Que não criem grandes expectativas os portugueses para o embate desse mesmo dia, pois por muito bem que a nossa selecção jogue, ela jamais terá carimbado o passaporte para a tão ansiada final de domingo. Não que o não possa fazer por mérito próprio, mas por que alguém já lhe vaticinou um outro destino. Pode até dar-se o caso de a Espanha passar com toda a justiça, baseada numa inquestionável supremacia em campo sobre a nossa selecção, mas ainda que assim não seja, outras armas irão ser usadas em nosso desfavor, e sem quaisquer peias, pois a final há muito que foi anunciada pela boca daquele que gere a seu contento cada milímetro desta competição. Por isso, portugueses, é com muita, imensa, pena minha que vos preparo para o que se avizinha, pois também eu sou português e gostaria de ver a nossa selecção chegar ao patamar mais alto desta competição. Não se iludam, pois a nossa despedida desta prova está marcada para a próxima quarta-feira. E nem sequer pensem que estou a augurar o pior às nossas cores, não. O que se passa é que o destino desta prova ficou escrito no dia em que o patrão da entidade que controla o futebol na Europa veio a público afirmar que Espanha e Alemanha são as principais favoritas a estar na final. Posto isto, pouco mais haverá a fazer do que acreditar que sairemos de cabeça erguida, orgulhosos da excelente prestação com que brindámos o mundo, cientes de que até poderíamos ter ido mais além e, quiçá, virmos a ser os novos campeões da Europa. Mera ilusão. Pois se em tempos superámos a crença de um Adamastor que a todos atemorizava e seguimos adiante, desta feita o monstro é bem maior e real e, por tudo isso, capaz de levar ele a sua adiante, independentemente de quem lhe faça frente.
«Quinta-feira (30 de Maio), as livrarias dos Estados Unidos começam a receber quatro livros ("Perto do Coração Selvagem", "Água Viva", "A Paixão Segundo G. H." e "Um Sopro de Vida") de Clarice Lispector traduzidos para o inglês, todos pela editora New Directions, que já lançou no ano passado "A Hora da Estrela".
O facto teve repercussão na imprensa, com o jornal "Los Angeles Times" a citar a frase de um antigo tradutor de Clarice (1920-1977), Gregory Rabassa, que comparava a autora brasileira a Marlene Dietrich (na aparência) e a Virginia Woolf (no estilo).
“A maneira chocante com que fala dos grandes temas é a característica da sua prosa que mais desperta a atenção do leitor americano”, afirma Benjamin Moser, organizador dos lançamentos e grande divulgador da prosa de Clarice entre os seus conterrâneos, especialmente depois de publicada a tradução em inglês de sua biografia "Clarice", lançada em 2009 pela Cosac Naify. “São assuntos que, no nosso dia-a-dia, não temos coragem de enfrentar – a vida, a morte, Deus – e que são os grandes temas universais, independentemente de detalhes superficiais, como a nacionalidade do leitor.”
Os quatro volumes chegam com um delicado projecto gráfico: juntas, as capas reproduzem uma foto de Clarice jovem. E, num canto, são reproduzidos elogios de personalidades literárias como Jonathan Franzen (“Uma escritora verdadeiramente notável”), Orhan Pamuk (“Uma das mais misteriosas autoras do século XX”) e Colm Toíbín (“Um dos génios ocultos do século XX”), além de uma citação do jornal "The New York Times" (“A principal escritora latino-americana de prosa do século”).
Fonte: Ubiratan Brasil, via blogue Autores e Livros:
16 De junho de 1904. Certamente a data mais famosa da literatura. O bloomsday. O dia da acção de Ulisses (1922), no qual acompanhamos as andanças dos seus protagonistas por Dublin: Stephen Dedalus, 22 anos, que retornara à Irlanda devido à morte da mãe (estudava em Paris) debate-se contra o marasmo da pátria e dos seus compatriotas (tema de Dublinenses, 1914, e Um retrato do artista quando jovem, 1916, dos quais vários personagens reaparecem em Ulisses), que ameaça engoli-lo também; Leopold “Poldy” Bloom, 38 anos, corrector de anúncios judeu, o qual, após sair de casa nesse dia, deambula para retardar o momento em que deve voltar, pois sua esposa, Molly, receberá um amante, Blazes Boylan, provável sócio numa turnê musical. Os dois representam o Joyce da época da narrativa e o Joyce da execução e publicação da obra, 18 anos depois.
"Serena Frome, the beautiful daughter of an Anglican bishop, has a brief affair with an older man during her final year at Cambridge, and finds herself being groomed for the intelligence service. The year is 1972. Britain, confronting economic disaster, is being torn apart by industrial unrest and terrorism and faces its fifth state of emergency. The Cold War has entered a moribund phase, but the fight goes on, especially in the cultural sphere. Serena, a compulsive reader of novels, is sent on a secret mission codenamed Sweet Tooth, which brings her into the literary world of Tom Healey, a promising young writer. First she loves his stories, then she begins to love the man. Can she maintain the fiction of her undercover life? And who is inventing whom? To answer these questions, Serena must abandon the first rule of espionage - trust no one."
Sweet Tooth will be published by Jonathan Cape at the end of August and by Doubleday in November. It will first be available in Brazil from Companhia das Letras.
Um escritor, em plena crise de inspiração, senta-se à sua secretária para dar início a mais um dia de trabalho. A sua única companhia é Félix, o seu gato, cujas constantes exigências lhe tornam a vida bastante complicada. Mas, nessa manhã, defronte ao computador, um outro acontecimento contribui para perturbar a sua tranquilidade. Na sua caixa de correio electrónico encontra uma proposta feita por um admirador secreto, que pretende que o escritor lhe ceda a autoria do seu novo romance. Entretanto, outras mensagens começam a chegar-lhe, provenientes de outros quatro correspondentes anónimos. Todas elas com pedidos igualmente intrigantes. À medida que vai aumentando o ritmo dos e-mails trocados, vai-se adensando o mistério à volta da identidade e das verdadeiras intenções de todos eles. Tudo isto sob o olhar indiferente e entediado de Félix. O leitor deste livro é convidado, através das pistas que o autor vai deixando, a montar o puzzle e a descobrir a solução final para a história. Zoran Zivkovic, neste seu novo e divertido – por vezes hilariante – romance, revela as singularidades do mundo da escrita e dos escritores, conseguindo mais uma vez captar a atenção do leitor da primeira à última página.