"Vivo em várias épocas como um insecto no âmbar, imóvel e por isso fora do tempo, porque os meus membros não se mexem nem projectam nenhuma sombra na parede, submerso numa cave como no âmbar imóvel e por isso inexistente.
Vivo em várias épocas, imóvel mas provido de todos os movimentos, porque habito no espaço e pertenço-lhe e tudo o que é espaço concede-me o seu toque, uma forma transitória.
Vivo em várias épocas, inexistente, dolorosamente imóvel e dolorosamente móvel e na verdade desconheço o que me é dado e o que me é retirado para sempre."
finda a primeira década deste recente século XXI, eis-nos a todos neste ano acabado de estrear e que abre as portas à igualmente estreada nova década
de quê, ninguém sabe ou sequer se tenta a adivinhar
que o que ficou desta primeira dezena não deixa saudade, nem tão pouco faz adivinhar melhores dias
mas vamos, em fila, uns atrás dos outros, como cordeirinhos de Cristo seguindo este tapete rolante que nos há-de guiar a algum lado
dizia o hino que “nos há-de guiar à vitória”
quero querer que sim, que ganhar é agradável
seja o que for, que isto de jogar a vida “a feijões” não tem qualquer interesse
por isso aqui deixo este interessante pensamento que, quiçá, poderá servir de motivação para este 2011
a todos um excelente ano
“Para viver é preciso coragem. Tanto a semente intacta como a semente que rompe a casca têm as mesmas propriedades. No entanto, só a que rompe a casca é capaz de se lançar na aventura da vida. Essa aventura requer uma ousadia única: descobrir que não se pode viver através da experiência dos outros, e estar disposto a entregar-se. Cada existência é diferente da outra. Seja o que for que me espera, eu desejo estar com o coração aberto para receber”