Na hora que não demora / Tomo 3
por migalhas, em 20.01.10
do nada ao nada num ápice de escassos recursos
uns quantos dias e umas paisagens
uns quantos aromas que se confundem e misturam
uns quantos objectivos, umas ilusórias conquistas, uma mão cheia de ilusões, a outra de expectativas goradas
pétalas de um malmequer qualquer que nunca me quis bem
o trago amargo da verdade
fel que martiriza as vivências escassas, até nos recursos
memórias tragadas pelas traças
estranhos dias que se perseguem, numa fila ordeira em demasia
qual balde de água fria
quantos por vir?, que os que foram não mais serão
num abissal vórtice que nos há-de levar àquela hora
aquela hora que nunca demora