Na hora que não demora / Tomo 1
por migalhas, em 18.01.10
À sexta são onze
dias em catadupa ao ritmo febril dos seus parentes infindáveis, não no que são mas no seu sentido
ou o que são, são o seu sentido?
Será a sua essência, a descobri-la, bússola orientadora?
Para onde nos guiam e fazem avançar a preceito apenas do sentido que nos encaminham?
Eles, a comandarem em ditadura
nós, ordeiros cordeiros de um deus desconhecido, a seguirmos fiéis quem tanto admiramos e respeitamos, mas não admitimos, quais senhores de um nariz que nem nosso, que há muito o perdemos, para ele, o tempo que nos escapa e foge por entre os dedos, por entre os dias infindáveis, aqueles que só morrem connosco, nessa hora que é a nossa e a de mais ninguém.