ela ali e as suas irmãs
por migalhas, em 13.08.09
aquela árvore sossega-me
e as suas irmãs
no seu balançar involuntário de quem segue as marés do vento
na dança que perfaz ao ritmo que sopra o tempo
na paz com que contagia o meu olhar cansado e lhe dá afago
ela ali
e as suas irmãs
fixa num bailado que não a leva a nenhum lado
qual estranho fado
seu e de suas irmãs
que a meus olhos é fonte de inspiração à liberdade que não goza
à felicidade que não revela
à escrita que é poesia, nunca prosa
aquela árvore ali
e as suas irmãs
num todo harmonioso
belo e frondoso
que me encanta e arrasta pela sua seiva
que sorvo na ânsia de me purgar
deste grilhão me libertar
e desse estado indolente
antes vontade ardente
não mais
eternamente