a ordem
que feito maior que a descoberta do que somos, de que somos
se ontem as mãos, hoje os pés
amanhã a tomada de consciência de quem somos
para uma vida inteira a tentar saber porque o somos e o que nos permite tal
nada se lhe compara
na tamanha importância, na imensa revelação
que é concluir a essência da nossa essência
deste animal que é racional e por isso tão mais estrutural
e como se estrutura e porquê
sabermo-nos, descodificarmo-nos, entendermos a razão daquilo que somos feitos
seja matéria ou coisa etérea, qual alma ou consciência
ganha a forma de uma vitória
de batalhas sucessivas que por entre danos colaterais terá sempre o propósito último de ganhar essa guerra avassaladora
a mesma que um dia iremos usar como bandeira que nos conduza mais além
a outras descobertas então exteriores ao nosso ser, alheias ao nosso código genético
que nos valide enquanto perscrutadores do mundo que nos rodeia e tanto aflige
por pura ignorância de quem não entende a ordem natural das coisas
e então sim, autorizados moralmente a seguir adiante rumo ao capítulo seguinte e ao seguinte e por aí adiante
até senhores do todo global
do que somos, de que somos, por que o somos, do que nos permite que assim sejamos
na esperança de um dia merecermos a veleidade, hoje arrogante, de querermos descortinar o que nos está adiante, qual nirvana que no seu propósito profundo nos coloque em sintonia com tudo aquilo que nos rodeia e que tanto receamos, ainda receamos, por pura ignorância de quem não entende a ordem natural das coisas