à beira de ser
por migalhas, em 02.03.09
a pronunciada curva de um sorriso que logo pela alvorada se forma
o presente perfeito deste indicativo que é amar
sentimento que não se conjuga, antes desconjunta
esquarteja corpos que sentem e na sua presença se embriagam
se entregam à sua vontade e desejo ardentes
quais marionetas desprovidas de outra vontade que não esta de se deixarem enlevar pelo seu doce som, doce sentir, doce estar, num estado que não se remete a fronteiras, obedece a leis, cumpre planos
quando chega a hora
o presente perfeito deste indicativo que é amar
sentimento que não se conjuga, antes desconjunta
esquarteja corpos que sentem e na sua presença se embriagam
se entregam à sua vontade e desejo ardentes
quais marionetas desprovidas de outra vontade que não esta de se deixarem enlevar pelo seu doce som, doce sentir, doce estar, num estado que não se remete a fronteiras, obedece a leis, cumpre planos
quando chega a hora
(também doce, esta hora)
é o livro que é este coração que se deixa folhear
mostrando cada capítulo que já abraçou e abrindo caminho a quantos ainda por experimentar
e é nessa ânsia que se passa a escrever
nas suas páginas quantas histórias de uma vida que nunca o será por todo se não lhe sentir o mais profundo olhar
aquele que denuncia o estado em que me banho
calmas e mornas águas de uma nascente natural que vem de mim, que é de nós, que é vida a brotar com toda a vitalidade e vontade do que é por estrear
uma nova vida, a dela, a nossa, a de quantos vier a tocar
num presente perfeito deste indicativo que é amar