Fatal existência
por migalhas, em 17.04.08
Viver é fatal.
Aquelas sonoridades, os tons quentes, o silêncio abissal, profundamente atraente.
A paisagem que nos toca e logo nos foge.
Um olhar é sempre pouco.
Um toque, o sentir, quanto do viver se nos escapa, ainda em vida?
Que a vida é sempre um passo mais rumo à partida.
E o que fica?
Para lá das histórias, as que contei, as que ouvi contar, de tudo o que vi, um dia vi e senti com a intensidade de quem olhou mais adiante, sabendo à partida que a vida tem hora marcada com a chegada.
A vida fatal, como o destino, fatal.
E o que fica?
Para lá do voo dos pássaros, cruzando um céu azul que não é senão de ninguém.
De nós, os mortos.
Aquelas sonoridades, os tons quentes, o silêncio abissal, profundamente atraente.
A paisagem que nos toca e logo nos foge.
Um olhar é sempre pouco.
Um toque, o sentir, quanto do viver se nos escapa, ainda em vida?
Que a vida é sempre um passo mais rumo à partida.
E o que fica?
Para lá das histórias, as que contei, as que ouvi contar, de tudo o que vi, um dia vi e senti com a intensidade de quem olhou mais adiante, sabendo à partida que a vida tem hora marcada com a chegada.
A vida fatal, como o destino, fatal.
E o que fica?
Para lá do voo dos pássaros, cruzando um céu azul que não é senão de ninguém.
De nós, os mortos.