Não és o único Não és só tu É tudo à tua volta O que se vê e o que se sente apenas Mas está lá tudo Cheira-se Imagina-se Para ser real falta apenas o palpável Cai a cortina e nesse instante faz-se luz Ei-la A revelação Ganha vida aquilo de que apenas se ouviam murmúrios O que vai abismar os dormentes Os que nunca se preocuparam, pois apenas o julgavam hipótese remota São agora tementes À sua veracidade e consequente projecção Pois a realidade sofreu a mutação Ou apenas se definiu Expôs, por fim, o que até então era apenas aparência subliminar E agora? Agora é refazer Readaptação ao novo meio Redescobrir novos objectivos Está lá, sempre esteve Só que agora é matéria, ser feito real É assim e assim terá de ser Adeus vida de ilusão