O ministro
Agora começo a entender melhor o papel do ministro na sociedade. Ao passear os olhos por aí, descobri algo extremamente interessante que me fez ver a luz. Nada mais nada menos que o significado do próprio termo em si, o de ministro. Então não é que este remonta, imagine-se, ao tempo dos Vikings (aqueles rapazes nórdicos, altos e louros, que andavam pelos oceanos a espalhar o terror, envergando uns engraçados capacetes encimados por um belo par de cornos)? É verdade! Já nessa altura eles existiam - os ministros, entenda-se -, só que então com uma outra finalidade e, digo eu, com uma outra utilidade. Ou seja, ministro era aquele prisioneiro de guerra que era levado para a galera de um navio e escravizado, forçado depois a trabalhar como remador dos grandes navegadores Vikings. Como se tal não fosse já castigo suficiente para o pobre do ministro, este via-se ainda privado do direito de usar os lavabos, pelo que tinham de se aliviar das respectivas necessidades fisiológicas ali mesmo, uns sobre os outros. Imaginam a maçada que não era o senhor ministro ter de arrear a calcinha ali na frente dos seus congéneres, expondo-se assim aos olhares alheios. Já para não falar do cheiro e da merda com que se viam forçados a conviver. Quiçá tenha vindo daí o hábito que se mantém até aos dias de hoje e do qual parecem querer fazer questão de princípio. Quem não se parecia incomodar muito com isso eram os seus donos e senhores, os soldados Vikings, que mesmo cientes da chafurdice que ali se vivia, ainda jogavam todo e qualquer resto de comida sobre eles, para ajudar à festa. Perante esta descoberta, é agora muito mais fácil entender as tarefas que estão subjacentes ao cargo de ministro: remar ao sabor da corrente, que é como quem diz, às ordens dos seus senhores. Mesmo que esse não seja o rumo certo ou sequer o mais indicado. Tarefas que, basicamente, pouco ou nada mudaram. O ambiente em que as protagonizam é que é outro, completamente diferente.