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Um merecido Natal (Parte 3) - Um conto de Natal

por migalhas, em 20.12.05
(Continuação)
Recolheu as pernas de modo a esconder as partes íntimas e sobre ele debruçou-se aquela visão, fazendo-lhe chegar a toalha seca. Pelo seu decote algo pronunciado, que entretanto ficara a escassos centímetros dos seus olhos esbugalhados, conseguiu adivinhar um par de seios que deveriam ser a chave do paraíso para qualquer homem que se preze. Ergueu-se de seguida e perguntou-lhe numa voz doce se necessitava que ela o ensaboasse. Sentiu-se deveras tentado, mas achou por bem recusar. Afinal de contas, e segundo a sua educação católica apostólica romana, tinham-se acabado de conhecer. Ou não. Pois nem o nome dela sabia. O que não invalidava que, ainda assim, se visse impedido de ir mais além, num primeiro encontro. Antes de se afastar, tão sorrateiramente como aparecera, disse-lhe ainda que estava ali para o servir e qualquer coisa que pretendesse, era só pedir. Embasbacado com tamanha esmola, beliscou-se de seguida confirmando que estava, de facto, desperto. E bem desperto. Ele e não só. Pois algo mais lá para sul do seu corpo, mostrava-se igualmente entusiasmado com o aparecimento súbito daquela beleza divinal. Secou-se apressadamente e desta vez eram as suas roupas que faltavam. Procurava em seu redor, quando de novo ela surge perante si, desta vez segurando algumas roupas de homem nos braços. Só teve tempo de se cobrir com a toalha, antes de deitar a mão a um par de calças de ganga Marlboro, com o respectivo cinto de couro, roupa interior da Boss, uma camisa da Gant, uma camisola de lã da Burberry’s, meias da Casa das Meias e umas botas Timberland, exactamente o modelo que ele andava a namorar há meses mas que, devido ao preço exorbitante, se via impossibilitado de comprar. Nem queria acreditar no que via. Ela voltou a desaparecer, ao que ele aproveitou para se vestir, admirado com o facto adicional de tudo lhe servir que nem uma luva. Como saberia ela quais os números que ele vestia e calçava? Teria andado a tirar-lhe medidas enquanto ele dormitara no alguidar? Parecia-lhe algo improvável, mas face aos acontecimentos mais recentes tudo se poderia esperar. Não deu importância ao assunto e dirigiu-se à sala, onde contava encontrar o belo espécime do belo sexo, na companhia da sua avó, tricotando uma qualquer peça em malha. Mas não. Junto ao lume de chão, deitada sobre um felpudo tapete e envergando um conjunto de lingerie minimalista da famosa marca Victoria's Secret, a beldade tomara a liberdade de, não só ter aberto uma garrafa de Moët & Chandon com que já preenchera dois “flutes”, mas também de livrar-se da velha desdentada. Um espanto de eficiência, a moça! (Continua)