Balanço
por migalhas, em 15.12.05
A poucos dias de encerrar 2005 rumo ao seu sucessor, 2006, eis que é também chegado o momento de reflectir sobre o ano findo. É aquilo a que se convencionou designar de balanço. Pesar o que correu bem, menos bem ou mesmo mal, e daí tirar ilações e aprender com cada uma das situações, para as repetir ou evitar, consoante deram ou não os resultados pretendidos. Pessoalmente, posso orgulhar-me deste ano que agora termina. Bastariam dois momentos a que chamaria de momentos altos para de imediato o avaliar de excelente. Começo pelo mais marcante, o facto de ter sido pai pela primeira vez. Como se isso não bastasse, ainda o sou de uma menina linda e a quem auguro o melhor dos futuros, não fosse eu pai dela. O segundo momento igualmente importante, mas de uma outra forma foi o nascimento do meu segundo livro. Os dois acontecimentos mais marcantes do meu 2005 e que escolheram ambos o mês de Novembro para ganharem vida. Ou seja, se tivesse de seleccionar igualmente o mês mais do ano, obviamente a escolha recairia sobre o mês onze. Nas restantes matérias, devo acrescentar que também não me dei nada mal nos últimos 365 ou 366 dias, não sei ao certo. Profissionalmente regressei às agências, tendo a fortuna de voltar a uma onde já anteriormente exercera as funções de copy e onde deixara então amizades sólidas e alguma saudade. Na saúde passei um ano inteiro sem uma única constipação o que deve ser inédito na minha pessoa -, tendo apenas de me queixar de um problema no menisco do joelho esquerdo, que me vai obrigar a uma intervenção cirúrgica em princípios de 2006. Quanto a finanças, também não me posso queixar. Embora esta recta final do ano esteja a resultar numa ligeira derrapagem das minhas contas privadas. E desta vez, nem sequer posso atribuir culpas ao Natal e às inevitáveis prendas. Noutros campos, recordo, pela negativa, a desistência do squash único exercício que fazia com regularidade e que me vi obrigado a abandonar por culpa do menisco -, o aumento em 50% das despesas com a segurança social, o excessivo número de quilómetros feitos com o velho Discovery para chegar todos os dias ao Parque das Nações e as tristes desilusões tidas com o meu clube do coração, o Sporting. Pela positiva, realço ainda o facto de ter sobrevivido a mais um ano, de manter a minha relação com a mulher da minha vida e quem sabe reforçá-la, com o nascimento da nossa filhota -, de não ter tido nenhum acidente de viação e de não ter tido nenhuma notícia verdadeiramente triste ao longo de todo o ano. Em resumo, 2005 ascende directamente ao topo dos melhores anos da minha vida, o que, por si só, me parece ser um balanço mais do que positivo. Fossem todos assim, e era o homem mais feliz deste mundo. Venha o próximo. Cá o espero, agora com desafios pela frente ainda maiores e mais tentadores. A família cresceu e espera-me um número acrescido de preocupações, seguramente. Mas também de momentos que nunca experimentei e que vão certamente adornar cada dia de uma outra forma, como assistir ao crescimento da minha Sarita. Bom ano para ela, bom ano para nós, bom ano para todos.