Um estudo recente alerta para o perigo do uso dos tradicionais chinelos de praia, vulgo de enfiar no dedo. Embora estejam na moda e sejam altamente práticos e frescos na época de Verão, a verdade é que podem colocar a vida de quem os usa para conduzir em sério risco. Segundo o mesmo estudo, três em cada quatro automobilistas admitiram dificuldades em conduzir de chinelos, enquanto que os especialistas em segurança na estrada avisam poder tratar-se de uma decisão letal. A facilidade com que este tipo de calçado pode ficar preso debaixo dos pedais e causar um acidente grave, se não fatal, é imensa. A ausência de suporte no tornozelo pode fazer com que o pé escorregue do pedal, com consequências que podem ser trágicas. Nada que toda a gente não saiba já, ou pelo menos não desconfie, mas que diariamente é deitado para trás das costas, até ao dia E como se esta não fosse já de si razão suficiente para evitar o seu uso, o mesmo estudo adianta ainda que 14 em cada 25 pares de chinelos testados continham químicos altamente tóxicos na sua composição, conhecidos por diminuir drasticamente a produção de esperma nos homens, para além de serem altamente nocivos para o fígado, rins e órgãos reprodutivos. Se é para andar com os pés ao fresco, então que se ande descalço. Pode até magoar os pés, mas pelo menos a vida fica salvaguardada.
Os astrónomos acabam de anunciar a descoberta de um corpo celeste de grandes dimensões muito próximo dos limites do Sistema Solar, num acontecimento que já foi qualificado como uma das maiores descobertas da astronomia. As informações sobre este novo planeta ou astro são ainda poucas, mas os astrónomos já revelaram que o corpo em questão nunca se aproxima mais do Sol do que Neptuno, passando a maior parte do tempo mais longe que Plutão. Para já, sabe-se que se trata do maior objecto já encontrado nos limites do Sistema Solar, sendo praticamente certo de que a sua composição é gelo e rocha. Depois do lago gelado de Marte, onde se dizia impossível a existência de água, agora um novo planeta no nosso, já dado como completo, Sistema Solar. Depois disto, será que ainda há quem pense que estamos sozinhos neste universo? Somos é uma ínfima parte de tudo aquilo que o constitui, isso sim. O que já é um privilégio, certo?
Conforme a perspectiva, 60 anos pode representar uma imensidão de tempo, da mesma forma que pode ser visto como uma brevidade. Em 60 anos pode esquecer-se muita coisa, mas pode ser curto para apagar uma lembrança traumática que, pela sua intensidade ou teor, não se canse de nos aparecer de quando em vez em forma de pesadelo. É de um caso destas características que passo agora a falar. Como muitos saberão, fez no passado dia 6 de Agosto 60 anos sobre o bombardeamento de Hiroshima e Nagasaki pelos Estados Unidos, facto que mudou definitivamente o rumo da segunda grande guerra que então se desenrolava. Depois do vil ataque perpetrado pelos japoneses em Pearl Harbour e que se quedou por um duro revés, não só nas tropas americanas mas essencialmente na sua motivação face ao conflito, pode dizer-se que era inevitável uma vingança como forma de travar o ímpeto aguerrido e decidido de uma nação japonesa que parecia querer ganhar supremacia face ao seu oponente directo. Como tudo carece de uma justificação lógica, também os americanos fundamentaram esta acção de retaliação como necessária face ao que então se entendia como uma clara ameaça ao mundo por parte de um oriente que se tornara mais e mais poderoso e motivado, principalmente depois da bem sucedida investida em Pearl Harbour. Até pode ser que tivessem razão e, caso não tivessem avançado para esse passo decisivo, o mundo hoje fosse outro, melhor ou pior, pouco interessa, mas dominado pelo oriente. Onde eu quero chegar, é que os japoneses atacaram uma zona estritamente militar, onde se sabia que repousava uma grande fatia da frota marítima das forças militares americanas e uma importante componente aérea, enquanto que os americanos optaram por largar duas enormes bombas atómicas sobre duas das mais povoadas cidades japonesas. A Little Boy e a Fat Boy, respectivamente sobre Hiroshima e Nagasaki. Só em Hiroshima, que à época possuía 350 mil habitantes, 220 mil foram afectados directamente pela bomba largada do bombardeiro US B-29 Enola Gay, dos quais 140 mil morreram às suas mãos na exacta hora em que esta atingiu o hipocentro, eram precisamente 8h15m da madrugada de 6 de Agosto de 1945. Seguiu-se Nagasaki, que embora mais pequena assistiu a um número de vítimas igualmente monstruoso 148.800, sendo que 73.900 pereceram imediatamente face ao impacto. Tanto tempo passado e algumas gerações depois, ainda hoje são notórios os efeitos das radiações mortíferas que contaminaram toda a região afectada pelas bombas. Nomeadamente nos hibakusha, nome dado aos descendentes das vítimas dos bombardeamentos. Isto porque talvez não tenha sido assim tanto o tempo que passou. Ou porque a intensidade ou mesmo o teor do acontecimento foi de tal forma, que ainda agora nos povoa os piores pesadelos. Seja por que razão for, o fulcral é que não caia no esquecimento o facto de que um dia tal foi possível. Que à custa das vidas de milhares de inocentes, a humanidade pode prosseguir em frente, livrando-se de um monstro que estava prestes a fazer eclodir toda a sua fúria.
É um labrador afegão de pelagem negra e branca e chama-se Snuppy. Se não forem lá por esta pista, adianto ainda que é, neste momento, o cão mais famoso em todo o mundo. Ainda não? Então e se disser que o seu nascimento ficou a dever-se aos esforços conjuntos de uma equipa sul-coreana e outra norte-americana, tendo sido fecundado a partir de um pedaço da orelha do seu pai, desenvolvido num laboratório e transplantado para o útero da mãe? Ah, assim já entenderam que estou a falar do primeiríssimo cão clonado deste mundo louco e conturbado em que vivemos. Este infeliz espécime canino nasceu geneticamente idêntico ao progenitor, ao fim de uma gestação de 60 dias. Infeliz, porque nem desconfia o modo como foi gerado. Mas por outro lado feliz, pois foi o único dos 1095 embriões bem sucedidos desta experiência científica. Depois da clonagem de ovelhas, ratos, vitelos, cabritos, porcos, coelhos, gatos, uma mula e um cavalo, esta é a primeira vez que se consegue usar a técnica para duplicar o melhor amigo do homem. Depois disto será válido pensar que seremos nós os próximos? Se assim for, reservem-me já uma vaga. Pois isto de ser único tem as suas desvantagens.
Então não é que os nossos amigos marcianos têm piscinas e tudo lá na Marte deles? Fica aqui a prova, captada pela objectiva de alta-resolução dos paparazzi espaciais que dão pelo nome de sonda Mars Express da Agência Espacial Europeia (ESA). Afinal o dito planeta vermelho também possui uns tonzinhos de azul. Quererá isto dizer que os nossos parceiros marcianos afinal não são esverdeados? Fica a dúvida. Mas que têm aguinha, e pelos vistos em abundância e bem fresquinha (o enorme lago azul de água gelada encontra-se numa cratera com 35 quilómetros de largura e dois quilómetros de profundidade), disso já não restam dúvidas. Bom para eles. Pois com este calor que vai fazendo, bem jeito dá ter um lugarzinho assim onde seja possível refrescar.
Os resultados de um teste de grafologia (arte de conhecer o carácter de uma pessoa pelo exame da sua escrita) que deu nisto:
A inclinação da sua letra mostra que você parece ser uma pessoa equilibrada, educada. Mas é um pouco fria com quem acaba de conhecer. A ligação de sua letra revela raciocínio lógico, dinamismo, método e uma tendência a rotinas. A direcção de sua letra indica controlo, constância e organização, especialmente nas tarefas quotidianas. A pressão que usa ao escrever sinaliza estabilidade e equilíbrio. As áreas valorizadas na sua escrita destacam controlo emocional, tolerância, um certo imediatismo e tendência ao comodismo. A forma de sua letra demonstra firmeza, decisão, perseverança e agressividade.
Em conclusão, parece-me que tudo aquilo que por aqui passou nestes últimos artigos bate certo. Mais coisa, menos coisa. Para confirmar estas minhas suspeitas, gostava de poder contar com a apreciação daqueles que me conhecem um pouco melhor. Só para ver se me conheço mesmo bem ou se durante estes anos todos tenho andado na ilusão de quem realmente sou, necessitando de uma urgente reobservação da minha pessoa. Embora aí, sejam sinceros. O meu eu agradece.
Atentem só no que deu o meu IQ. Aquela coisa que, supostamente, mede o coeficiente de inteligência de um indivíduo. Cá o deste vosso amigo, diz assim:
Your IQ score is 122
This number is based on a scientific formula that compares how many questions you answered correctly on the Classic IQ Test relative to others. Your Intellectual Type is Word Warrior. This means you have exceptional verbal skills. You can easily make sense of complex issues and take an unusually creative approach to solving problems. Your strengths also make you a visionary. Even without trying you're able to come up with lots of new and creative ideas. And that's just a small part of what we know about you from your test results.
Há quem defenda os significados das coisas. Dos nomes, dos signos ou até dos próprios sonhos. Para mim, valem o que valem. Os significados, entenda-se. Agora que os que me dizem respeito dizem muito, lá isso dizem. Senão vejam:
Luís - De origem germânica, significa "combatente glorioso" e traduz um menino criativo e inteligente, com grande capacidade para enfrentar desafios.
Miguel É um nome de origem hebraica e significa Quem é como Deus.
E dentro de um contexto do signo a atravessar a rua, o meu diz: Porque é que o PEIXES atravessou a rua? Porque proporciona à rua o único momento interessante, criativo e cheio de acção.
A hora chegava. De tal forma se assumia próxima, que quase lhe sentia o odor. É sempre intensa a espera pela serenidade do fim do dia, pela brisa fresca que me vem despojar das preocupações mundanas e à beira-mar me volta a preencher de vida. A acompanhar esse sopro sussurrado, que me revolta o cabelo num intrépido esforço por se impor na minha face agora serena, apenas a calma ondulação. Que num vaivém compassado, quase metódico, vem beijar a areia fina e suave onde faz desaparecer cada prova da minha renovada existência. De olhos fechados aguço o ouvido e absorto nos temas quentes afasto-me para longe deste mundo conturbado, em direcção à paz, ao sossego supremo, ao verdadeiro sentido da vida. Sigo para parte incerta, numa viagem para a qual bilhete algum é preciso. Vou apenas. E de todas as vezes regresso, conformado, pois sei que por lá não me é permitido ficar como eu tanto queria, indeterminadamente.