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TUDO É ILUSÃO, DESDE O QUE PENSAMOS QUE PODEMOS AO QUE JULGAMOS QUE TEMOS.

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É de mim ou é do tempo?

por migalhas, em 17.08.05
Sem querer estar a dizer mal do que quer que seja de forma meramente gratuita, coloco aqui uma questão: será que alguém vai dar o devido crédito à invenção de uma mola da roupa inteligente capaz de prever as condições meteorológicas? Antes de falar com a minha mulher-a-dias e saber o que ela pensa realmente sobre este avanço tecnológico adaptado ao nosso quotidiano, coloco aqui algumas reservas quanto ao sucesso deste gadget doméstico. E tudo partiu da cabeça de um artista britânico que, aproveitando a inconstância meteorológica existente na sua cidade-natal, resolveu puxar pela dita em prol da evolução tecnológica. Aplicou microprocessadores no interior da mola a funcionarem por via das diferenças de pressão atmosférica e quando deu por isso esta indicava-lhe se, por exemplo, iria cair água ali pelas redondezas. Mas o melhor ainda estava para vir. Graças a um sistema de bloqueio incorporado, as molitas high-tech não deixam sequer estender a roupa se estiver prestes a chover. O fim das molas de plástico pode estar para breve. E no seu lugar estarão para vingar outras mais evoluídas, com vontade própria e tudo. Quais robôs, qual quê. Ainda acabamos é por ser dominados por molas da roupa sci-fi, que vão decidir sobre o nosso futuro e, mais grave ainda, sobre que roupa é que vamos ou não pôr a secar à janela.

Adeus “escaldões” e sestas na praia!

por migalhas, em 17.08.05
Atenção banhistas militantes: esta invenção é para vós. Um novo biquíni (de seu nome Tan-Timer-Bikini), equipado com um aparelho electrónico que apita de 15 em 15 minutos para marcar a hora dos banhistas se virarem na toalha, foi apresentado na quinta-feira passada na praia de Brighton (sul de Inglaterra). A preciosidade, que será colocada à venda esta semana na rede de lojas de roupa feminina “Newlook” do Reino Unido, prevê uma uma versão masculina, o que já de si é estranho. Pois nunca me passou pela cabeça vir a usar biquíni, mesmo provido de um aparelho capaz de detectar o excesso de sol. Antes o incómodo do típico “escaldão”, do que passar pela vergonha de me confundirem com uma “gaja”, ou coisa bem pior. De acordo com os seus criadores, o «relógio de bronzeamento» visa não apenas assegurar uma cor uniforme, mas também evitar que as pessoas se deixem dormir ao sol, acabando tipo lagostas suadas, vermelhas que nem camarões. O seu preço ronda os 30€ e ainda que a intenção do invento esteja lá, por certo este já não se vai safar do rótulo de “gadget mais estúpido dos últimos tempos”. E com alguma razão. Pois atendendo a que o mesmo foi criado e testado num país onde o sol poucas vezes consegue romper a muralha de nevoeiro que a ele se impõe com hercúlea determinação, desde logo se questiona a sua eficácia face a países como o nosso em que o sol quando nasce é para queimar tudo e todos. Vamos a ver no que dá. Na esperança de que alguns dos aparelhos não apitem que nem despertadores, em plena hora da sesta na praia. Pois nessa altura não responderei pelos meus actos. Se calhar, ainda tenho de reformular o meu plano de férias e trocar o concorrido Algarve pelo Meco. É que pelo menos aí há a certeza de que os ditos despertadores vão ter pouca ou mesmo nenhuma procura.