Já vejo a dobrar!
por migalhas, em 05.08.05
É um labrador afegão de pelagem negra e branca e chama-se Snuppy. Se não forem lá por esta pista, adianto ainda que é, neste momento, o cão mais famoso em todo o mundo. Ainda não? Então e se disser que o seu nascimento ficou a dever-se aos esforços conjuntos de uma equipa sul-coreana e outra norte-americana, tendo sido fecundado a partir de um pedaço da orelha do seu pai, desenvolvido num laboratório e transplantado para o útero da mãe? Ah, assim já entenderam que estou a falar do primeiríssimo cão clonado deste mundo louco e conturbado em que vivemos. Este infeliz espécime canino nasceu geneticamente idêntico ao progenitor, ao fim de uma gestação de 60 dias. Infeliz, porque nem desconfia o modo como foi gerado. Mas por outro lado feliz, pois foi o único dos 1095 embriões bem sucedidos desta experiência científica. Depois da clonagem de ovelhas, ratos, vitelos, cabritos, porcos, coelhos, gatos, uma mula e um cavalo, esta é a primeira vez que se consegue usar a técnica para duplicar o melhor amigo do homem. Depois disto será válido pensar que seremos nós os próximos? Se assim for, reservem-me já uma vaga. Pois isto de ser único tem as suas desvantagens.