Para as minhas mulherzinhas
por migalhas, em 21.07.05
Quem me dera estar só com vocês as duas num lugar distante, tranquilo e de belezas mil...A contar-vos belas histórias e a ouvir o mar sereno a beijar ao de leve a areia macia, pontuada aqui e ali por pequenas conchas e búzios reluzentes.
Ou a escutar, de olhos cerrados, o cantar do vento por entre as ramadas dos pinheiros altos e majestosos, de um jardim perdido no tempo do qual apenas eu possuísse a chave.
A ti dava-te a mão, acariciava-te os caracóis que teimam em se entrelaçar nos meus dedos a cada novo afago.
Dizia-te coisas bonitas e nada te prometia senão o que tivesse a certeza de te poder dar. Um beijo, um abraço apertado, o afagar terno do teu corpo, agora povoado pelo futuro que nos aguarda e que ansiamos a cada nova hora.
Estívesses tu agora aqui comigo e tudo isto te segredava ao ouvido, agradado por te ver esse sorriso como não existe outro e que, por infímo e breve que
possa ser, sempre é alvorada soalheira para mim, dando-me alento e vontade de por vós tudo fazer, para todo o sempre vos continuar a merecer.