Estas linhas servem apenas para comemorar os meus 100 artigos editados! É verdade. Desde o já longínquo Julho de 2004, altura em que descobri este mundo novo da blogosfera, até ao dia de hoje, contabilizo já uma centena de textos aqui publicados e alusivos aos mais variados temas. Não sei se são muitos, se são poucos, mas são 100 textos 100 NEXUS. Valem o que valem, e a cada um dediquei toda a atenção e cuidado que acho que deve ser dedicada à escrita. Pois quem gosta de escrever, gosta de fazê-lo com atenção, dedicação e muita imaginação. Pelo menos comigo funciona assim. A prova é o número 100 hoje atingido. Espero que quem leia goste e continue a desfrutar de cada linha. Da minha parte, podem continuar a contar com mais e mais palavras, ideias, críticas, desabafos, o que seja. Faz bem, sabe bem e dá-me um gozo que ninguém imagina. A todos os que por aqui já passaram e deixaram o seu parecer, um grande obrigado pelo incentivo. Continuo a contar com cada um, pois o que aqui se escreve também é para vocês.
Os dias que hoje se vivem são realmente atribulados. Acontecimentos da mais variada índole sucedem-se à nossa volta a um ritmo tal, que muitos nem chegamos a dar por eles. É o caso gritante e assustador da extinção das espécies animais no planeta, cuja taxa é hoje centenas de vezes superior à natural. Embora não se saiba ao certo quantas são as espécies que habitam a superfície da Terra, a verdade é que, entre 2002 e 2004, o número em risco aumentou de 10.046 para 15.589 e prevê-se que um terço dos anfíbios hoje existentes, bem como um quarto dos mamíferos e um oitavo das aves, possa desaparecer muito em breve. Quanto às plantas - essenciais à nossa própria existência, por via da fotossíntese em que transformam o CO2 em oxigénio - 60.000 são vítimas de uma destruição massiva, que já contribuiu para o desaparecimento do mapa de 45 por cento das florestas. Contam-se actualmente cerca de 1,75 milhões de espécies registadas, a que se juntam todos os anos mais de dez mil seres que são descobertos pelos cientistas, na sua maioria insectos. Embora conheçam bem o mundo dos vertebrados, esses mesmos cientistas reconhecem a enorme falta de informação sobre as outras espécies, nomeadamente os insectos ou mesmo as plantas. Desconhecimento esse justificado pela dificuldade de acesso a certos e determinados meios onde proliferam estes seres, como as florestas tropicais ou os fundos marinhos, os seus ciclos ecológicos específicos ou mesmo a sua grande raridade. No entanto, a própria natureza criou uma lei compensatória que visa equilibrar os pratos da balança neste particular da vida e morte das espécies. É que o planeta, por si só, é riquíssimo em vida. Num simples metro quadrado de solo, podem existir 260 milhões de animais de mil espécies diferentes. Isto já para não referir as bactérias, que habitam por todo o lado, inclusive nos locais mais inóspitos. Quem nós sabemos que não pára de crescer é a espécie humana. Será que a cada vez maior falta de espaço para o homem se resolve com o roubo de espaço à mãe natureza e, consequentemente, à morte e extinção dos seus seres? Não esqueçamos que, como eles, também nós somos produtos da natureza e, como tal, estamos sujeitos aos mesmos factores que podem determinar o seu desenvolvimento ou o seu desaparecimento. Por alguma razão, só a extinção que levou ao total desaparecimento dos dinossauros da face da Terra se assemelha ao que actualmente se está a viver. Será um sinal? Um aviso para que tomemos mais atenção ao que se passa à nossa volta? Para que respeitemos um pouco mais quem connosco partilha este planeta? Pois parece-me que dificilmente consigamos o que quer que seja sozinhos, sem a preciosa ajuda das outras espécies, aquelas que diariamente ignoramos e, como tal, ajudamos a extinguir.