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A libertação

por migalhas, em 28.01.05
Comemorou-se ontem o 60º aniversário sobre a libertação de Auschwitz, o maior campo de concentração nazi da história. Foi em Janeiro de 1945 que os soldados alemães fugiram e abandonaram Auschwitz, ao saberem do avanço das tropas do exército vermelho soviético. O que a princípio começou por ser um mero campo de trabalhos para presos de guerra polacos, depressa cresceu, transformando-se num vasto campo de morte, o maior de que há memoria. Entre 1940 e Janeiro de 1945, foram mortos nas câmaras de gás de Auschwitz entre 1,2 a 1,5 milhões de pessoas. Cerca de um milhão eram judeus, a que se juntaram presos polacos, prisioneiros de guerra soviéticos, ciganos, deficientes, homossexuais e prisioneiros de consciência. Quando o exército soviético chegou ao campo, a 27 de Janeiro de 1945, libertou cerca de sete mil prisioneiros, sobretudo mulheres e crianças. Antecipando-se ao avanço das tropas soviéticas, os nazis não só mataram um grande número de presos, como obrigaram ainda cerca de 58 mil a abandonarem o campo e a andarem dias a fio em condições desumanas, expostos à neve e ao frio intenso. Como consequência, mais de 15 mil não resistiram a essa “Marcha da Morte”, acabando por sucumbir à mesma. Haverá muita gente a quem esta data nada diz. Até pode ser que sim. Assim como existem muitas pessoas que se dizem cansadas do tema. Que não precisam de ver ou ouvir falar mais de todas as atrocidades cometidas. A minha opinião é outra. Que se deve continuar a ver e a ouvir falar dos horrores vividos para que esses fantasmas não voltem a assombrar o mundo. Que a visibilidade deste e de outros temas que tem por base o desrespeito pela vida humana seja uma constante para que os mesmos não caiam no esquecimento. Que este holocausto sirva de exemplo para que nada minimamente semelhante se volte a repetir. É verdade que foi há muito tempo - ou se calhar nem foi assim há tanto tempo como isso - mas esquecer, é permitir quer volte a acontecer. Aos que nada conhecem do assunto, aconselho o visionamento do filme de Steven Spielberg “A lista de Schindler”, onde se pode assistir a todo o dramatismo que milhares e milhares de inocentes viveram às mãos de quem pretendia governar o mundo de então. Para todos deverá funcionar como uma verdadeira lição ou, se quiserem, como um aviso para que o anti-semitismo que hoje se vive não acabe num novo holocausto, este com proporções inimagináveis.