É tempo de mudança
por migalhas, em 05.09.04
Tenho a sensação continuada de que as nossas vidas obedecem a um conjunto de premissas pré-definidas. Como se estivéssemos programados - não sei por quem, ou por que entidade - para uma existência mundana, banal mesmo, se assim quisermos, que não deverá ser questionada, apenas executada. Sinto que as pessoas andam neste mundo algo adormecidas, como sonâmbulos ou autómatos a quem falta a iniciativa de questionar seja o que for que lhes possa parecer minimamente estranho. Vão pautando a sua breve existência pela ambição desmedida de querer mais, quando, na verdade, seriam muito mais ricos e felizes se desejassem ter menos. É tão simples e no entanto tão complicado de conceber. Mas para se chegar a esse estado de "iluminação", há que estar desperto para a vida e para tudo aquilo que, segundo a segundo, ocorre à nossa volta. As pistas estão todas aqui, à vista de toda a gente, bastando para tal que se esteja de olhos bem abertos e ouvidos sintonizados com quem lá de longe nos quer falar. E são tantas as coisas que temos para ouvir, para aprender. Só depende da nossa motivação e, acima de tudo, de sabermos saborear cada momento, cada sensação, por mais ínfima e insignificante que ela possa parecer. É a nossa verdade, a nossa vontade que deverá prevalecer e não aquela que um sistema viciado na mentira e na falsidade nos quer fazer crer. E não é de agora que se fala de um estado de dormência colectiva. Desde sempre temos vindo a ser avisados de que estamos amarrados, amordaçados, presos a ideias e ideais pré-concebidos. É chegada a hora de nos soltarmos. Estamos a dar início à Idade de Aquário, o carregador de água, cujos ideais afirmam que o homem aprenderá a verdade e será capaz de pensar por si mesmo. É tempo de mudança. De uma enorme mudança que a todos beneficiará. E que aos antigos mestres fará sorrir. A cega ignorância é que nos engana.
Ó míseros mortais, abri os olhos!
- Leonardo Da Vinci