tudo por nada
por migalhas, em 23.07.09
elas, palavras
sem intenção
mortas de motivação
são esqueletos em que não me revejo
nem mesmo à distância de um sussurro que passa e para trás deixa apenas fumaça
como ele passa
a cair profundo, entornado do seu estado passivo
vertido de um céu macerado
de uma manta feita farrapos
colcha que já não cobre, antes semeia discórdias
a dias, como riscos no céu
na calma aparente que contraria o que é activo, altivo
e tão dormente que nem se sente
como quem descansa de tão exausto e os olhos cerra
para se ver renascer mais adiante
acordado num atalho nunca cruzado
por tudo
por nada
nem pelo seu fado