No breu da hora adormecida
por migalhas, em 25.07.08
No meu peito jazem cravadas as conquistas que me fizeram aquele adulto crescido que perde a firmeza, a destreza também, e vive só de olhos pousados num amanhã que nem sequer é certo, ou seguro, que lhe escorre por entre os mesmos dedos com que aponta à ilusão de esquecer o agora, para viver o que ainda nem hora tem.
Assim morre bem antes do seu tempo, esgotado pelo que sonhou no caminho, pelo que empreendeu para chegar a nenhum lado.