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TUDO É ILUSÃO, DESDE O QUE PENSAMOS QUE PODEMOS AO QUE JULGAMOS QUE TEMOS.

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Por ti, sou Rei.

por migalhas, em 27.11.13

Hoje sinto-me Rei. Sinto-me poderoso, fabuloso, valoroso, portentoso, orgulhoso, fantástico, brilhante, tudo o que me faça gigante. Hoje olho por outros olhos, ouço por outros ouvidos e sinto por outro coração, mais pequeno que o meu, mas tão maior. Hoje sou mais miúdo, coloco-me à margem e não me sinto graúdo. Hoje caminho mais acompanhado, dou as mãos, dou um beijo, um abraço e parece até que sei melhor o que faço. Hoje sinto-me bem, muito bem, imensamente bem, que nem o céu me é limite para tanto bem-estar. Hoje somam-se oito anos que sou pai e isso vale uma enormidade que palavra alguma consegue expressar. Vale esta imensidão de sentimentos, este turbilhão de pensamentos, a soma de quantos momentos partilhámos ao longo desta já eternidade. Que para mim ela nunca terá idade, será sempre o rosto com que me olhou no seu primeiro instante, na sua primeira inspiração, que me tem sido inspiração também. Como eu a adoro nem eu nunca pensei vir a adorar o que fosse, quem fosse. Mas é assim, como uma dádiva que não pedi, mas com a qual embevecido me deito a cada noite. E por tua causa, Sara, hoje sinto-me Rei e tu a princesa que me acompanha neste nosso sonho real que vamos merecer por viver sempre e para sempre.

novidades literárias

por migalhas, em 26.11.13

 


















Laurent Gaudé está de volta com esta última viagem.

 

Durante um festim na Babilónia, por entre risos e música, Alexandre, o Grande, cai subitamente por terra, febril. Os seus generais cercam-no, receiam o fim mas preparam já a sucessão, disputando a sua herança e o privilégio de dispor dos seus restos mortais. Um estranho mensageiro parte dos confins da Índia rumo a Babilónia. E, num templo longínquo, uma mulher jovem de sangue real é de novo chamada para junto do homem que derrotou o seu pai.

O dever e a ambição, o amor e a fidelidade, o luto e a errância conduzem as personagens à embriaguez de uma última cavalgada. Numa escrita de fôlego épico, A última viagem segue o cortejo fúnebre do grande imperador, libertando-o da História e abrindo-lhe a infinitude da lenda.