E o que é...
“E o que é o tempo?
meia dúzia de noites a galope no vento.”
“E o que é a noite?
olhos de cego fixos na cripta fria e sem nome.”
© Copyright Migalhas (100NEXUS_2012)
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“E o que é o tempo?
meia dúzia de noites a galope no vento.”
“E o que é a noite?
olhos de cego fixos na cripta fria e sem nome.”
© Copyright Migalhas (100NEXUS_2012)
Laurent Gaudé, vencedor do Prémio Goncourt em 2004, regressa ao catálogo da Porto Editora com «Furacão», que chega às livrarias no dia 29 de Março. O escritor vai estar em Portugal para apresentar o seu romance, concretamente em Lisboa (17 de Abril, no Instituto Francês de Portugal, pelas 19h00) e Matosinhos (21 e 22 de Abril, no encontro Literatura em Viagem).
«No coração da tempestade que devastou Nova Orleães, uma dezena de personagens enfrenta a fúria dos elementos, mas também a sua própria escuridão interior. Que resta ao ser humano quando as suas referências morais e sociais desaparecem por entre o caos e o medo de um cenário apocalíptico? Com «Furacão», Laurent Gaudé oferece-nos uma espécie de ópera em que os solos das personagens se unem num amplo coro que nos transmite o grito da cidade abandonada à sua sorte. A gravidade da tragédia funde-se com a serenidade da fábula, para exaltar a fidelidade, a fraternidade, a comovente beleza dos que, apesar de tudo, permanecem de pé»
Fonte: Diário Digital
Vida e Destino – Vassili Grossman
«Vassili Grossman, adoptando a estrutura global de Tolstói em Guerra e Paz, pinta em Vida e Destino um imenso fresco da Rússia soviética, com incidência nos anos da Segunda Guerra Mundial, na ofensiva alemã e na defesa e, depois, na contra-ofensiva soviética, que culminou na libertação de Stalinegrado e dos territórios ocupados pelos nazis. Intercalando um petrificante relato da batalha de Stalinegrado com a história de uma família de classe média, dispersa pelas forças do destino entre a Alemanha e a Sibéria, Vassili Grossman constrói uma imensa e intrincada trama que retrata um tempo de horror quase inimaginável e de esperança ainda mais estranha. Vida e Destino intercala ambientes familiares com refúgios de snipers, laboratórios científicos e o Gulag, transportando-nos ao fundo dos corações e mentes de uma formidável galeria de personagens, que vão de um rapaz a caminho da câmara de gás até aos próprios Hitler e Stálin.
Entregue ao editor em 1961, Vida e Destino passou de imediato para as mãos do KGB e teve o privilégio não só de ser proibido como o de desaparecer da face da Terra durante vinte anos. O seu manuscrito só apareceu na Suíça em 1980, graças a ilustres dissidentes soviéticos.
Na Rússia, apenas em 1988, depois da glasnost, viria a ser publicado. A nada disto assistiu já Vassili Grossman, uma vez que faleceu de cancro de rim três anos depois de ter entregue o seu manuscrito e de o ver apreendido pelas autoridades.»
«Excepcional e engenhoso monólogo, o livro de Brendan Behan é um solilóquio tão emotivo quanto humorístico sobre a cidade de Nova Iorque, que o autor considera (eu também) o lugar mais fascinante do mundo. Nada — diz Behan — pode comparar-se a essa cidade eléctrica, que é o centro do universo. O resto é silêncio, flagrante obscuridade. «Depois de ter estado em Nova Iorque», diz Behan, «qualquer pessoa que regresse a casa dar-se-á conta de que o seu lugar de origem é bastante escuro.» A mim acontece-me sempre isto quando deixo Nova Iorque e regresso à minha cidade, e este livro de Behan é em parte culpado de isso me acontecer, porque o livro deixou em mim uma estranha saudade de bares onde nunca entrei.»
Enrique Vila-Matas